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4. CARRICABURO, Norma. La América tuteante. In: ______. Las fórmulas de tratamiento en el español actual. Madrid: Arco Libros, 1997, p. 20-23. Disponível em:\ Acesso em 26 jul. 2013.
5. CELADA, María Teresa; GONZÁLEZ, Neide Maia (Coord.).“Gestos que trazan distinciones entre la lengua española y El portugués brasileño”. Dossier completo. SIGNOS ELE, dezembro 2008. Disponível em: \ Acesso em: 22 jul. 2013.
6. ERES FERNÁNDEZ, I. G. M. Las variantes del español en la nueva década: ¿todavía un problema para el profesor Del español a lusohablantes? Registros de la lengua y lenguajes específicos. São Paulo: Embajada de España en Brasil/Consejería de Educación y Ciencia, 2001. Disponível em: \ Acesso em: 05 jul. 2013
7. FANJUL, Adrián. “Ecos de mercado en docentes-alumnos de E/LE en Brasil. Repeticiones y ausencias”. SIGNOS ELE, abril de 2008. Disponível em: \ Acesso em: 22 jul. 2013.
8. KULIKOWSKI, María Zulma Moriondo; GONZÁLEZ, Neide T. Maia. Español para brasileños. Sobre por dónde determinar La justa medida de una cercanía. En: Anuario brasileño de estúdios hispánicos, 9, 1999, pp.11-19. Disponível em: https://www.educacion.gob.es/dms-static/8915bdd5-87ee-470c-b5f2-be5c39dbfdd9/consejerias-exteriores/brasil/publicaciones-ymateriales--didacticos/publicaciones/abeh/abeh99.pdf. \> Acesso em: 26 jul. 2013
9. MORENO, Francisco. Qué español enseñar. Madrid: Arco/Libros, 2000. Marco común europeo de referencia para las lenguas: aprendizaje, enseñanza, evaluación. 2001. Disponível em:
\ Acesso em: 22 jul. 2013
1. GARCIA, André Ming. 'Was hast du heute gelernt? ', ou o que você aprendeu hoje?: crenças discentes acerca do conteúdo programático de aulas comunicativas de alemão como língua estrangeira. Trabalho linguística aplicada, Campinas, v. 51, n.
2, Dez. 2012Disponível em:\
Acesso em: 19 jul. 2013.
2. ROZENFELD, Cibele Cecilio de Faria; VIANA, Nelson. O desestranhamento em relação ao alemão na aprendizagem do idioma: um processo de aproximação ao "outro" sob a perspectiva da competência intercultural. Pandaemonium ger. (Online), São Paulo, n. 17, 2011.
Disponível em:\ Acesso em: 19 jul. 2013.
3. RUG, Wolfgang; TOMASZEWSKI, Andreas. Grammatik mit Sinn und Verstand. Übungsgrammatik Mittel- und Oberstufe. Stuttgart: Ernst Klett, 2008.
1. CYR, P. Les stratégies d’apprentissage. Paris: Clé international, 1998.
2. DABÈNE, Louise. Apprendre à comprendre une langue voisine, quelles conceptions curriculaires? Études de Linguistique Appliquée, n. 98, p. 103-112, 1995. Disponível em: \
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3. MEIRIEU, Philippe. Aprender... sim, Mas como? Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
4. VIGNER, G. La grammaire en FLE. Paris, Hachette, 2004
3.5 BIBLIOGRAFIA – ITALIANO
A) Livros e Artigos
1. BASTIANETTO, Patrizia; FULGÊNCIO, Lúcia. Manual de gramática contrastiva para falantes de português. Perugia: Guerra, 1993.
2. CHIARINI, Ana. Maria. A expansão da língua italiana na península e a sala de aula de italiano como língua estrangeira. Caligrama. Belo Horizonte, v. 10, p. 47-67, 2005. Disponível em:
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Izilda/Edison
\ Acesso em: 26 jul. 2013.
3. DEROSAS, Manuela. Un percorso di italiano LS in prospettiva interculturale. Studi di Glottodidattica. Bari, v. 4, p. 45-60,.it/index.php/
glottodidattica/article/view/31/30\> Acesso em: 24 abr. 2013.
4. FERRONI, Roberta. Estratégias utilizadas por aprendizes de línguas afins: a troca de código. Trabalhos de Linguística Aplicada. Campinas, v. 51, n. 2, p. 319-339, 2012.
Disponível em: \ Acesso em: 24 abr. 2013.
5. GRACCI, Sandra. Linguistica acquisizionale e glottodidattica. In-It. v. 4, n. 13, p.13-18, 2004. Disponível em: \ Acesso em: 24 abr. 2013.
6. MARIANI, Luciano. Le strategie comunicative interculturali. Imparare a insegnare a gestire l’interazione orale. Italiano LinguaDue, v. 3, n. 1, p. 275-293, 2011. Disponível em: \ Acesso
em: 24 abr. 2013.
7. PALMIERI, Monica; FAONE, Serena. Sul cammino verso l’intercomprensione.Una riflessione epistemologica.REDINTERIntercompreensão, v. 1, Chamusca, Edições Cosmos/REDINTER,
2010, p. 187-222. Disponível em: \ Acesso em: 24 abr. 2013.
8. TRIFONE, Pietro; PALERMO, Massimo. Grammatica italiana di base. Bolonha: Zanichelli, 2007.
3.6 BIBLIOGRAFIA - JAPONÊS
A) Livros e Artigos
1. ABE, Yoko; Nakamura, Masako. Kokusai Kôryû Kikin Nihongo Kyôjuhô Series 9: Shokyû o oshieru. The Japan Foundation, Tóquio, 2007.
2. ABE, Yoko; HATTA, Naomi; FURUKAWA, Yoshiko. Kokusai Kôryû Kikin Nihongo Kyôjuhô Series 13: Oshiekata o kaizen suru. The Japan Foundation, Tóquio, 2010.
3. ENDO, Cristina Maki et all. 70 perguntas de pessoas que ensinam japonês no Brasil. São Paulo: Aliança Cultural BrasilJapão, 2009.
4. KUBOTA, Yoshiko. Kokusai Kôryû Kikin Nihongo Kyôjuhô Series 1: Nihongo kyôshi no yakuwari/course design. The Japan Foundation, Tóquio, 2006.
5. TSUBOYAMA, Yumiko; YANASHIMA, Fumie. Kokusai Kôryû Kikin Nihongo Kyôjuhô Series 11: Nihon jijô-Nihon bunka o oshieru. The Japan Foundation, Tóquio, 2010.
6. YOKOYAMA, Noriko; OSHIO, Kazumi; ÔSUMI, Atsuko. Kokusai Kôryû Kikin Nihongo Kyôjuhô Series 12: Gakushû o hyôka suru. The Japan Foundation, Tóquio, 2011.
V. PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA II – MATEMÁTICA
1. PERFIL
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O professor de Matemática deve ter uma base de conhecimentos necessários para o ensino de conceitos e procedimentos concernentes a essa área com vistas ao desenvolvimento das competências pessoais dos alunos. Para isso, ele deverá dominar não apenas os conteúdos específicos que vai ensinar, mas também construir conhecimentos curriculares e pedagógicos desses conteúdos, ou seja, aqueles que dizem respeito à capacidade de seleção, organização e gestão dos componentes e materiais que deverão favorecer a aprendizagem dos alunos. Desse modo, o professor deverá ser capaz de identificar os conceitos mais relevantes e articulá-los de modo a favorecer a construção de significados pelos estudantes. Para tanto, o docente deverá dispor de um acervo variado de situações exemplares e formas distintas de abordagens para os diferentes conceitos e procedimentos a serem ensinados.
Assim, a prática do professor de Matemática deverá ter como finalidade o desenvolvimento das competências e habilidades dos alunos de acordo com o Currículo, caracterizadas pela capacidade de expressão em diferentes linguagens, de compreensão de fenômenos nas diversas áreas da vida social, de construção de argumentações consistentes, de enfrentamento de situações-problema em múltiplos contextos, incluindo-se situações imaginadas, não diretamente relacionadas com o prático-utilitário, e de formulação de propostas de intervenção solidária na realidade, visando à construção de uma ponte entre os conteúdos específicos e tais competências gerais, com identificação, em cada conteúdo, das ideias fundamentais a serem estudadas: proporcionalidade, equivalência, ordem, medida, aproximação, problematização, etc. Para isso, o professor deve apresentar certas habilidades específicas, associadas aos conteúdos da área, tendo sempre o discernimento suficiente para reconhecer que tais conteúdos constituem meios para a formação pessoal dos alunos.
2. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
COMPETÊNCIAS
a) Saber criar centros de interesse para os alunos, explorando situações de aprendizagem em torno das quais organizará os conteúdos a serem ensinados, a partir dos universos da arte, da cultura, da ciência, da tecnologia, da economia ou do trabalho, levando em consideração o contexto social da escola.
b) Ser capaz de identificar as ideias fundamentais presentes em cada conteúdo que ensina, uma vez que tais ideias ajudam a articular internamente os diversos temas da matemática, e a aproximar a matemática das outras disciplinas.
c) Ser capaz de mapear os diversos conteúdos relevantes, sabendo articulá-los de modo a oferecer aos alunos uma visão panorâmica dos mesmos, plena de significações tanto para a vida cotidiana quanto para uma formação cultural mais rica.
d) Saber escolher uma escala adequada em cada turma para apresentar os conteúdos que identifica como relevantes não subestimando a capacidade de os alunos aprenderem, nem tratando os temas com excesso de pormenores, de interesse apenas de especialistas.
e) Ser capaz de construir relações significativas entre os conteúdos apresentados aos alunos e os temas presentes em múltiplos contextos,
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incluindo-se os conteúdos de outras disciplinas, de modo a favorecer a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade.
f) Saber construir narrativas que conectem os diversos elementos presentes nos conteúdos a serem ensinados, valendo-se, na medida do possível, da História da Matemática para articular ideias e enredos de modo que os conceitos assim abordados possam se constituir em veículos de informação cultural e sociológica de grande valor formativo.
g) Ser capaz de alimentar permanentemente os interesses dos alunos, estimulando a investigação e a capacidade de pesquisar, de fazer perguntas, bem como de orientar e depurar interesses menos relevantes, assumindo, com tolerância, a responsabilidade inerente à função que exerce.
h) Compreender que o uso de tecnologias – as digitais e calculadoras, por exemplo – são fundamentais para o desenvolvimento de competências/habilidades dos estudantes relativas aos conhecimentos matemáticos como o aspecto dinâmico da geometria, a construção de gráficos de funções, a representação dos dados e obtenção de medidas estatísticas de pesquisas com vistas à compreensão e intervenção na realidade, etc.
HABILIDADES
Construir, tendo por base as ideias de equivalência e ordem, o significado dos números (naturais, inteiros, racionais, irracionais, reais, complexos), bem como das operações realizadas com eles em diferentes contextos;
Enfrentar situações-problema em diferentes contextos, sabendo traduzir as perguntas por meio de equações, inequações ou sistemas de equações, e mobilizar os instrumentos matemáticos para resolver tais equações, inequações ou sistemas;
Desenvolver de modo significativo, tendo por base a dimensão simbólica do conceito de número, a notação e as técnicas para representar algebricamente números e operações com eles, incluindo-se a ideia de matriz para representar tabelas de números (contagem de pixels em uma tela, coeficientes de um sistema de equações lineares etc.);
Reconhecer equações e inequações como perguntas, saber resolver sistematicamente equações e inequações de grau 1 e 2, e conhecer propriedades das equações polinomiais de grau superior a 2, que possibilitem ,em alguns casos, a solução das mesmas, (relações entre coeficientes e raízes, redução de grau, fatoração etc.);
Construir estratégias e recursos de contagem indireta em situações contextualizadas (cálculo combinatório, binômio de Newton, arranjos, combinações, permutações, tendo como referência as situações de contagem direta);
Conhecer a ideia de medida de grandezas de variados tipos (comprimento, área, volume, massa, tempo, temperatura, ângulo etc.), sabendo expressar ou estimar tais medidas por meio da comparação direta da grandeza com o padrão escolhido, utilizando tanto unidades padronizadas quanto unidades
não padronizadas, e considerando as ideias de estimativa e de aproximações;
Explorar de modo significativo a ideia de proporcionalidade
(razões, proporções, grandezas direta e inversamente proporcionais) em diferentes situações, equacionando e resolvendo problemas contextualizados de regra de três simples e composta, direta e inversa;
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Explorar regularidades e relações de interdependência de diversos tipos, inclusive as sucessões aritméticas e geométricas, representando relações de interdependência por meio de gráficos de variadas formas, e construindo significativamente o conceito de função;
Conhecer as principais características das funções polinomiais de grau 1, grau 2, ... grau n, sabendo esboçar seu gráfico e relacioná-lo com as raízes das equações polinomiais correspondentes, e explorar intuitivamente as taxas de crescimento e decrescimento das funções correspondentes;
Conhecer as propriedades fundamentais de potências e logaritmos, sabendo utilizá-las em diferentes contextos, bem como sistematizá-las no estudo das funções exponenciais e logarítmicas;
Compreender e aplicar as relações de proporcionalidade que caracterizam as razões trigonométricas (seno, cosseno, tangente, entre outras) em situações práticas, bem como ampliar o significado de tais razões por meio do estudo das funções trigonométricas, associando as mesmas aos fenômenos periódicos em diferentes contextos;
Utilizar uma linguagem adequada para a representação de formas geométricas a partir da percepção do espaço e das formas, reconhecendo e classificando formas planas (ângulos, triângulos, quadriláteros, polígonos, circunferências, entre outras) e espaciais (cubos, paralelepípedos, prismas, pirâmides, cilindros, cones, esferas, entre outras);
Explorar a linguagem e as ideias geométricas para desenvolver a capacidade de observação, de percepção de relações como as de simetria e de semelhança, de conceituação, de demonstração, ou seja, de extração de consequências lógicas a partir de fatos fundamentais diretamente intuídos ou já demonstrados anteriormente;
Explorar relações geométricas especialmente significativas, como as relativas às somas de ângulos de polígonos, aos Teoremas de Tales e de Pitágoras, e muito especialmente as relações métricas relativas ao cálculo de comprimentos, áreas e volumes de objetos planos e espaciais;
Explorar uma abordagem algébrica da geometria – ou seja, a geometria analítica, representando retas e curvas, como as circunferências e as cônicas, por meio de expressões analíticas e sabendo resolver problemas geométricos simples por meio de mobilização de recursos algébricos;
Explorar de modo significativo as relações métricas e geométricas na esfera terrestre, especialmente no que tange a latitudes, longitudes, fusos horários;
Resolver problemas de escolhas que envolvem a ideia de otimização (máximos ou mínimos) em diferentes contextos, recorrendo aos instrumentos matemáticos já conhecidos, que incluem, entre outros temas, a função polinomial do 2º grau e algumas noções de geometria analítica;
Compreender a ideia de aleatoriedade, reconhecendo-a em diferentes contextos, incluindo-se jogos e outras classes de fenômenos, e sabendo quantificar a incerteza por meio do cálculo de probabilidades em situações que envolvem as noções de independência de eventos e de probabilidade condicional;
Saber organizar e/ou interpretar conjuntos de dados expressos em diferentes linguagens, recorrendo a noções básicas de estatística descritiva e de inferência estatística (média, mediana,desvios, população, amostra,
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Izilda/Edison
distribuição binomial, distribuição normal, entre outras noções) para tomar decisões em situações que envolvem incerteza.
Saber reconhecer problemas relacionados à sistemas lineares, e compreender as diversas formas e estratégias de resolução desses sistemas, seja graficamente ou com uso de matrizes e de determinantes
3. BIBLIOGRAFIA
A) Livros e Artigos
1. BICUDO, Maria Aparecida Viggiani (Org.). Educação Matemática. 2. ed., São Paulo: Centauro, 2005.
2. BOYER, Carl B. História da matemática. 3. ed., São Paulo: Edgard Blucher, 2010.
3. D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação Matemática: da teoria à prática. 13. ed., Campinas, SP: Papirus, 2006.
4. DEVLIN, Keith. O gene da matemática: o talento para lidar com números e a evolução do pensamento matemático. Rio de Janeiro: Record, 2004.
5. FIORENTINI, Dario; Lorenzato, Sergio. Investigação em educação matemática: percursos teóricos e metodológicos. Campinas: Autores associados, 3. ed., 2009.
6. LIMA, Elon Lages et al. A matemática do Ensino Médio.
Rio de Janeiro: SBM, 1999. v. 1, 2 e 3 (Coleção do Professor de Matemática).
7. MACHADO, Nilson José. Matemática e língua materna: análise de uma impregnação mútua. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
8. PARRA, Cecília; SAIZ, Irma (Org.). Didática da Matemática: reflexões psicopedagógicas. Tradução de Juan Acunã Llorens. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
9. PIRES, Célia Maria Carolino. Currículos de Matemática: da organização linear à ideia de rede. São Paulo: FTD, 2000.
B) Publicações Instituicionais
1. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: \ Acesso em: 02 ago. 2013.
2. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Caderno do professor: matemática; ensino fundamental. São Paulo: SE, 2009.
3. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Caderno do professor: matemática; ensino médio. São Paulo: SE, 2009.
4. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: matemática e suas tecnologias. São Paulo: SE, 2012. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.
VI. PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA II – BIOLOGIA
1. PERFIL
O professor de Biologia deve conceber a sua área como parte da cultura humana e da ciência. Deve entender que os assuntos da Biologia, dentro da escola, funcionam como meios para promover o desenvolvimento de competências nos alunos, instrumentalizando-os para a vida em sociedade.
Esse professor deve entender que a Biologia é um ramo do conhecimento científico e que, portanto, é construída com observações, experimentos, hipóteses e teorias, tem caráter histórico e sofre diversas influências da
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Izilda/Edison
sociedade. Deve reconhecer que os cientistas têm um sistema próprio de comunicação, validação e divulgação do conhecimento produzido, sabendo ler e interpretar textos e informações típicos desse sistema, como dados de
experimentos e artigos de cunho científico. Deve apresentar o conhecimento científico como diverso do conhecimento popular e do religioso. Deve compreender que o conhecimento teórico da Biologia pode se desdobrar em tecnologias que trazem avanços à qualidade de vida, mas que também podem trazer problemas. O professor deve dominar a estrutura teórica da Biologia, reconhecendo a ideia de evolução como tema central, articulado a todos os outros conceitos da área. Deve conhecer aprofundadamente o conceito de célula e os mecanismos de hereditariedade dos seres vivos.Deve saber fornecer aos alunos informações a respeito do funcionamento do corpo humano, em vários níveis, e discutir suas implicações para a vida cotidiana.
Deverá ser capaz de promover discussões francas sobre tópicos relacionados à saúde, qualidade de vida, sexualidade. O professor deverá iniciar os alunos no conhecimento da biodiversidade em seu local de atuação, da biodiversidade brasileira e também mundial, enfatizando a ocorrência de regularidades e de contrastes. Deverá apresentar os alunos aos problemas ambientais contemporâneos, conectando realidades locais a outras questões, mais globais. Nesse sentido, deve abordar aspectos relacionados à sustentabilidade e promover atitudes de respeito e cuidado com todas as formas de vida do planeta.O professor de Biologia, além de desenvolver as habilidades típicas da sua área de atuação, deve reconhecer-se como um componente integrante da escola em um sentido mais amplo. Assim, ele deve
contribuir também para o desenvolvimento de habilidades mais gerais, especialmente àquelas relacionadas à leitura e escrita.
Deve selecionar os conteúdos de Biologia que possam contribuir com mais sentido, em sua escola específica, para promover a formação da cidadania nos seus alunos.
2. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
COMPETÊNCIAS
a) Reconhecer a Biologia como um ramo do conhecimento científico, passível de análise, teste, experimentação, dúvida e que esse campo do saber humano é gerador de conhecimento e de avanços tecnológicos e pode contribuir para a qualidade de vida das pessoas.
b) Reconhecer a Biologia como parte da cultura humana, portanto de caráter histórico, que influencia outras áreas, como as artes, as ciências humanas, as tecnologias, a produção de bens e serviços, e é influenciada por elas.
c) Conhecer os conteúdos fundamentais da Biologia com uma profundidade e desenvoltura que lhe permita abordá-los sob diferentes pontos de vista, além de visualizar esses conteúdos como caminhos para que os alunos atinjam seus próprios objetivos pessoais.
d) Ser capaz de organizar os conteúdos da Biologia em torno de situações de aprendizagem que sejam significativas e desafiadoras para os alunos, respeitando suas capacidades e limitações e em consonância com os objetivos específicos da escola onde trabalha e da realidade que a envolve. Isto inclui escolher e priorizar, dentro da imensa quantidade de fatos gerados pela Biologia, aqueles que melhor se prestam para atingir os objetivos da escola.
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Izilda/Edison
e) Articular os conteúdos de Biologia com os de outras áreas do saber, promovendo o aprendizado e a integração do conhecimento para além do seu campo específico de atuação, favorecendo a inter e a transdisciplinaridade e demonstrando a contribuição da sua área para a resolução de problemas reais da sociedade.
f) Evidenciar, nas situações concretas da vida dos alunos, situações em que o conhecimento biológico tratado em sala de aula tangencia a experiência cotidiana, seja refutando, corroborando ou aprofundando as concepções prévias dos estudantes.
g) Ser capaz de conduzir experimentos e observações da natureza viva, explorando não só a sua dimensão exata e didática, mas também eventuais desvios do esperado, articulando as observações com a teoria, utilizando essas situações para estimular o protagonismo dos alunos na construção de seu próprio conhecimento e para evidenciar o modo científico de pensar.
h) Valorizar aspectos regionais da fauna e da flora em suas aulas utilizando, por exemplo, estudos de meio, sem perder de vista observações e conclusões mais universais, orientando os estudantes para a percepção de padrões biológicos gerais.
i) Sensibilizar os estudantes para questões socioambientais e de saúde pública, contribuindo para orientá-los em relação a alternativas de comportamento individual e coletivo e consumo mais sustentáveis e cooperativos e menos agressivas ao ambiente, incluindo cuidados com o próprio corpo e a prevenção de riscos à saúde.
j) Ser capaz de mediar discussões científicas entre os estudantes, estimulando seus interesses e instigando-os à pesquisa, articulando de maneira consistente a experiência imediata com as teorias científicas vigentes, orientando e depurando interesses menos relevantes em vista dos objetivos gerais da escola.
Isso deve ser feito de modo a oferecer uma visão panorâmica dos conteúdos, plena de significações tanto para a vida cotidiana quanto para uma formação cultural mais abrangente.
HABILIDADES
Contextualizar os conteúdos dentro de uma visão sistêmica da natureza, enfatizando os fluxos de energia e matéria na manutenção da vida e a existência de ciclos globais que incluem os seres vivos, mas estendem-se além deles.
Identificar, no nível das populações e comunidades, relações de competição e de cooperação que podem levar a oscilações nos tamanhos das populações de seres vivos.
Identificar fatores causadores de problemas ambientais, tais como crescimento e adensamento da população humana, padrões atuais de produção e consumo, interferências artificiais nos ciclos biogeoquímicos, entre outros.
Identificar os elementos básicos que compõem as células, bem como as funções de cada um de seus componentes.
Reconhecer a saúde como bem estar físico, mental e social, seus condicionantes (alimentação, moradia, saneamento, meio ambiente, renda, trabalho, educação, transporte e lazer) e os principais riscos à sua manutenção, tendo em conta a realidade brasileira.
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Izilda/Edison
Reconhecer os elementos em jogo durante um experimento, distinguindo a hipótese que está sendo testada, identificando a existência de grupos-controle e grupos-tratamento, além de ser capaz de fazer previsões a partir de hipóteses e confrontá-las com os resultados observados.
Reconhecer a gravidez na adolescência e as doenças sexualmente transmissíveis, especialmente a AIDS, como problemas de saúde pública, apontando tanto as medidas de prevenção quanto as consequências da aquisição dessas situações ou doenças para a vida futura.
Interpretar a teoria celular como central na Biologia, entendendo a organização celular como característica fundamental dos seres vivos.
Enfrentar situações-problema envolvendo a transmissão de informação hereditária, traduzindo a informação presente em textos para esquemas e vice-versa.
Reconhecer o papel dos fatores genéticos na determinação das características dos seres vivos.
Associar adequadamente o DNA à transmissão de informação hereditária, identificando as correspondências entre a genética clássica (mendeliana) e a biologia molecular.
Compreender as discussões atuais sobre tecnologias de manipulação do DNA, seus eventuais riscos e benefícios para a saúde e para a sociedade, de maneira suficiente para utilizá-las para abordar outros tópicos de genética, incluindo a proteção e a garantia de um ambiente ecologicamente equilibrado.
Reconhecer o desafio da classificação biológica, ter familiaridade com o sistema de nomenclatura e com as representações de parentesco entre os seres vivos.
Analisar as diferentes hipóteses e teorias em torno da origem da vida, distinguindo a construção do conhecimento científico de outros tipos de conhecimento.
Analisar os argumentos relativos aos riscos e benefícios da utilização de produtos geneticamente modificados disponíveis no mercado.
Ser capaz de analisar criticamente evidências da evolução biológica em grupos específicos.
Discutir a origem do ser humano dentro do paradigma evolucionista.
Interpretar a teoria da evolução como central para a Biologia, sendo capaz de explicar a existência de estruturas, funções e comportamentos de acordo com ela, além de reconhecê-la como o arcabouço que dá coerência a todo o conhecimento biológico.
Nomear órgãos, estruturas e funções do corpo humano, e saber relacioná-los com situações da vida cotidiana, especialmente as que dizem respeito à saúde, qualidade de vida e orientação sexual.
Conhecer com profundidade a biologia de grandes grupos de seres vivos, tais como animais e plantas, evitando o conhecimento meramente nomenclatural e valorizando padrões gerais e aspectos que evidenciem a evolução dos grupos e suas adaptações ao meio ambiente.
3. BIBLIOGRAFIA
A) Livros e Artigos
1. CAMPBELL, Neil. et al. Biologia. 8. ed., Porto Alegre:
Artmed, 2010. Unidades III, V e VIII.
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Izilda/Edison
2. CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. 5. ed., São Paulo: Cortez, 2011. Cap. 1, 3 e 5.
3. EL-HANI, Charbel Nino & MEYER, Diogo. 2010. Evolução, o sentido da Biologia. São Paulo: Editora da Unesp, 2005.
4. HELLMAN, Hal. Grandes Debates da Ciência. São Paulo: Editora da Unesp, 1999.
5. KORMONDY, Eduard John; BROWN, Daniel E. Ecologia humana. São Paulo: Atheneu, 2002.
6. KRASILCHIK, Myriam. Prática de ensino de Biologia. 4. ed., São Paulo: EDUSP, 2004.
7. MAYR, Ernst. Isto é Biologia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
B) Publicações Institucionais
1. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: biologia. In: ___________________.
Currículo do Estado de São Paulo: ciências da natureza e suas tecnologias. São Paulo: SE, 2012. p. 25-30, 69-95. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.
VII. PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA II – CIÊNCIAS
1. PERFIL
É essencial que este profissional tenha o domínio de conhecimentos específicos de Ciências da Natureza (fenômenos, princípios, leis, modelos, teorias, linguagens, métodos, experimentação e investigação), sua contextualização histórica e social, suas tecnologias e as relações com outras áreas do conhecimento, como também dos fundamentos que estruturam o trabalho curricular na disciplina e que dizem respeito à aplicação didática e
metodológica desses conhecimentos na prática de sala de aula, isto é, estratégias educativas que conduzam à aprendizagem das ciências com investigação orientada, em torno de situações problemáticas de interesse, tendo o aluno como protagonista de sua aprendizagem. Que compreenda o caráter do objetivo Social da Educação Científica na Sociedade atual, tanto para a preparação de futuros cientistas, como, principalmente, para a formação de cidadãos suscetíveis de participar na tomada fundamentada de
decisões em torno de problemas sociais, ambientais, científicos e tecnológicos, sendo apto a formular explicações e argumentos quanto às questões científicas. É necessário o conhecimento dos problemas que originaram a construção dos conhecimentos científicos (sem o que os referidos conhecimentos surgem como construções arbitrárias), conhecer em especial, quais foram as dificuldades e obstáculos epistemológicos (o que constitui uma ajuda imprescindível para compreender as dificuldades dos alunos) e as orientações metodológicas empregadas na construção dos conhecimentos, ou seja, deve conhecer a forma como os cientistas abordam os problemas, as características mais notáveis de sua atividade, os critérios de validação, refutação e aceitação das teorias científicas, reconhecendo o caráter dinâmico e provisório desse conhecimento. Deve ser capaz de incorporar às suas aulas estratégias que permitam aos alunos identificarem
tal caráter, bem como inicia-los na cultura científica, passando pela apropriação da linguagem que lhe é própria. É ainda fundamental conhecer e incorporar em suas práticas docentes as interações
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Ciência/Tecnologia/Sociedade/Ambiente, associadas à referida construção, sem ignorar o caráter, em geral, dramático, do papel social das Ciências e a necessidade da tomada de decisões. Estar preparado para aprofundar os conhecimentos e para adquirir novos.
2. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
COMPETÊNCIAS
a) Analisar criticamente diferentes estratégias de Ensino de Ciências a partir de sua descrição, formulando argumentos favoráveis ou desfavoráveis à sua adoção.
HABILIDADES
a.1) Situar uma estratégia no contexto do currículo adotado no Estado de São Paulo.
a.2) Avaliar se a estratégia é compatível com a proposta adotada para o curso.
a.3) Reconhecer a coerência interna de uma estratégia, que deve apresentar objetivo(s), desenvolvimento e avaliação compatíveis entre si.
a.4) Verificar a adequação da estratégia aos conteúdos, competências e habilidades que ela se propõe a abordar.
a.5) Avaliar aspectos práticos necessários à realização da estratégia, como infraestrutura (ex. laboratório), materiais complementares (ex. livros, textos, imagens) e tempo despendido.
COMPETÊNCIAS
b) Compreender, agir e inserir os alunos em uma perspectiva globalizante de meio ambiente, que o encare como uma totalidade que envolve fatores abióticos, seres vivos (incluindo o ser humano) e todas as relações entre tais elementos (incluindo aspectos culturais, socioeconômicos, científico-tecnológicos e históricos).
HABILIDADES
b.1) Promover o uso sustentável dos recursos naturais em sua atuação docente.
b.2) Ser capaz de discutir limites para a ação humana no
meio ambiente.
b.3) Compreender e abordar em aula os conceitos, as consequências e as ações mitigadoras relacionadas as questões de mudanças globais.
b.4) Compreender a constituição dos materiais, diferenciando conceitos de elementos, substâncias químicas, misturas, com suas propriedades físicas, revelando também uma visão microscópica que responda por suas propriedades, assim como ter uma compreensão das muitas radiações e de seu espectro, em correlação com as suas diversas aplicações.
b.5) Estimular os alunos a reconhecerem e valorizarem a biodiversidade, sendo capazes de agrupar e classificar a variedade de espécies (destacando as nativas) nos reinos biológicos, bem como de reconhecer os critérios para estabelecê-los.
b.6) Identificar características de grupos de vertebrados e invertebrados, identificando semelhanças e diferenças entre eles.
b.7) Reconhecer a importância das plantas em nosso cotidiano, identificando as principais características das plantas com sementes.
b.8) Identificar hipóteses e teorias sobre a origem e a evolução dos seres vivos, que revelam como fósseis e outros registros do passado mostram como
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se operaram transformações dos seres vivos ao longo do tempo, reconhecendo igualmente as causas e as consequências da extinção de espécies.
b.9) Compreender a participação do ar, da água, do solo e do fluxo de energia nos ecossistemas, com a função essencial
da energia luminosa do Sol na produção primária de alimentos,
assim como as relações alimentares entre produtores, consumidores e decompositores.
b.10) Caracterizar a dependência entre os sistemas vivos e as características ambientais geográficas de cada região, situando a diversidade de ecossistemas nas várias regiões brasileiras e a importância de sua preservação.
b.11) Identificar, em representações variadas, fontes e transformações de energia que ocorrem em processos naturais e tecnológicos, bem como selecionar, dentre as diferentes formas de se obter um mesmo recurso material ou energético, as mais adequadas ou viáveis para suprir as necessidades de determinada região.
b.12) Reconhecer transformações químicas do cotidiano e do sistema produtivo através da diferença de propriedades dos materiais e do envolvimento de energia nessas transformações e apontar necessidades e benefícios, assim como riscos e prejuízos ambientais relacionados a alterações de processos naturais e à contaminação por resíduos.
b.13) Caracterizar a saúde como bem estar físico, mental e social, identificando seus condicionantes (alimentação, moradia, saneamento, meio ambiente, renda, trabalho, educação, transporte e lazer), e recorrendo a indicadores de saúde, sociais e econômicos para diagnosticar a situação de estados ou regiões brasileiras.
COMPETÊNCIAS
c) selecionar conteúdos adequados que deem uma visão correta da Ciência e que sejam acessíveis aos alunos e suscetíveis de interesse.
HABILIDADES
c.1) Promover e valorizar a alfabetização científico-tecnológica, sendo capacidade de expressar e comunicar a partir das linguagens da ciência, bem como de expressar o saber científico por meio de diferentes linguagens.
c.2) Identificar as ciências como dimensão da cultura humana, de caráter histórico, portanto, como produção de conhecimento dinamicamente relacionada a tecnologias e a outros âmbitos da cultura humana, das quais também depende, e com critérios de verificação fundados em permanente exercício da dúvida.
c.3) Compreender que o ensino de Ciências deve compor o desenvolvimento da cultura científica juntamente com a promoção de competências, habilidades e valores humanos.
COMPETÊNCIAS
d) Saber orientar os alunos no tratamento científico de problemas propostos
HABILIDADES
d.1) Promover investigação de conceitos e emissão de hipóteses (oportunidade para que as ideias prévias sejam utilizadas para fazer previsões).
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d.2) Auxiliar os alunos na elaboração de estratégias de resolução (incluindo, no caso, estruturas experimentais) para contrapor as hipóteses à luz do corpo de conhecimentos de que se dispõe
d.3) Estimular a resolução e a análise dos resultados, cotejando-os com os obtidos por outros grupos de alunos e pela comunidade científica. Isto pode transformar-se em ocasião de conflito cognoscitivo entre diferentes conceitos (tomados todos como hipóteses), e obrigar a conceber novas hipóteses, ampliando o perfil dos alunos sobre um dado conceito.
d.4) Conduzir a aprendizagem de forma a promover a emancipação e a capacidade de trabalho coletivo dos alunos, planejando e realizando atividades com sua participação ativa, e também demandando consulta e cooperação entre eles, em questões de caráter prático, crítico e propositivo.
d.5) Realizar e sugerir observações e medidas práticas que não se limitem a experiências demonstrativas ou laboratoriais, mas que também envolvam situações problema, que suscitem percepções e verificações do mundo real, nos quais a participação e o registro feitos pelos alunos sejam relevantes.
d.6) Ser capaz de construir relações significativas entre os diferentes campos de conhecimento das ciências naturais (Física, Química e Biologia) em múltiplos contextos, incluindo-se os de outras áreas, favorecendo, assim, a interdisciplinaridade, a multidisciplinaridade e consequentemente a transdisciplinaridade.
d.7) Favorecer, em especial, as atividades de síntese, a elaboração de produtos e a concepção de novos problemas.
COMPETÊNCIAS
e) Reconhecer a presença das ciências na cultura e na vida em sociedade, na investigação de materiais e substâncias, da vida, da Terra e do cosmo e, em associação com as tecnologias, na produção de conhecimentos, manifestações artísticas, bens e serviços.
HABILIDADES
e.1) Associar fenômenos naturais (vulcões, terremotos ou tsunamis) à estrutura e dimensões da Terra.
e.2) Situar a Terra no universo, associando os movimentos da Terra aos aparentes da Lua, do Sol e de outras estrelas, às medidas de tempo diário, às estações do ano e eclipses, assim como ter uma compreensão do Sistema Solar, com as dimensões, distâncias e características dos planetas.
e.3) Reconhecer o aspecto cultural relacionado às constelações, bem como o movimento das estrelas no céu e sua relação com movimentos da Terra. Identificar o Sol como uma estrela e estabelecer o conceito de galáxia, compreendendo o movimento do Sol na Via Láctea.
COMPETÊNCIAS
f) Tratar temáticas que dialoguem com o contexto da escola e com a realidade dos alunos, antecedendo aquelas que transcendem seu espaço vivencial, respeitando as culturas regionais, mas orientando a construção conceitual com vistas a uma cultura científica de sentido universal.
HABILIDADES
f.1) Valorizar as concepções prévias dos alunos como base para a prática docente, visando promover uma ampliação nos perfis conceituais dos mesmos, de modo a incluir em seu repertório o conhecimento Científico.
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f.2) Respeitar as etapas de desenvolvimento cognitivo dos alunos, utilizando linguagens e níveis de complexidade dos conteúdos disciplinares de forma compatível com a maturidade esperada da faixa etária típica de cada série.
f.3) Ser capaz de colocar a manipulação reiterada dos novos conhecimentos em uma variedade de situações para tornar possível aprofundar e afiançar os mesmos, dando ênfase especial nas relações Ciência/Tecnologia/Sociedade/Ambiente que demarcam o desenvolvimento científico (propiciando, a este respeito, a tomada de decisões) e dirigindo todo este tratamento a demonstrar o caráter de corpo coerente que toda a ciência
apresenta.
3. BIBLIOGRAFIA
A) Livros e Artigos
1. CACHAPUZ, Antonio; CARVALHO, Anna Maria Pessoa de; GIL-PÉREZ, Daniel. A necessária renovação do Ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 2005.
2. CAMPBELL, Neil A.; REECE, Jane B.; URRY, Lisa A.; CAIN, Michael L.; WASSERMANN, Steven A.; MINORSKY, Peter V.; JACKSON, Robert B. Biologia, 8. ed., Porto Alegre: Artmed. 2010.
3. CARVALHO, Anna Maria Pessoa de (org.). Ensino de ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
4. CARVALHO, Anna Maria Pessoa de; GIL-PÉREZ, Daniel. Formação de professores de Ciências. São Paulo: Cortez, 2003. (Questões da Nossa Época, 26).
5. CARVALHO, Isabel Cristina de Moura, Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. 4. ed., São Paulo: Cortez, 2008. cap. 1, 3 e 5.
6. CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. Livreto informativo sobre drogas psicotrópicas: Leitura recomendada para alunos a partir da 6ª série do Ensino Fundamental. Disponível em: \ Acesso em: 05 jul. 2013.
7. DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André; PERNAMBUCO, Marta Maria. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. 3. ed., São Paulo Cortez, 2009.
8. GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA. Física. 5. ed., São Paulo: EDUSP, 2001/2005. v. 1, 2 e 3.
9. KORMONDY, Edward John; BROWN, Daniel. E. Ecologia humana. São Paulo: Atheneu, 2002.
10. MORTIMER, Eduardo Fleury. Construtivismo, mudança conceitual e ensino de ciências: para onde vamos? Revista Investigações em Ensino de Ciências, 1(1): 20-39, 1996. Disponível em: \ Acesso em: 2 jul. 2013.
11. NEVES, Késia Caroline Ramires; BARROS, Rui Marcos de Oliveira. Diferentes olhares acerca da transposição didática. Investigações em Ensino de Ciências,16(1):103-115, 2011. Disponível em: \ Acesso em: 2 jul. 2013.
12. RIDLEY, Mark. Evolução. 3. ed., Porto Alegre: Artmed, 2006.
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13. TOLEDO, Maria Cristina Motta de; FAIRCHILD, Thomas Rich; TEIXEIRA, Wilson. (Org.). Decifrando a Terra. São Paulo: IBEP, 2009.
14. TORTORA, G. J. Corpo Humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. ed., Porto Alegre: Artmed, 2006.
15. UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Grupo Interdepartamental de Pesquisa sobre Educação em Ciências. Geração e gerenciamento dos resíduos sólidos provenientes das atividades humanas. 2. ed. rev. Ijuí: Unijuí, 2003.B) Publicações Institucionais
1. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC /SEF, 1998. Disponível em: \ Acesso em: 02 ago. 2013.
2. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Ciências. São Paulo. In: Currículo do Estado de São Paulo: Ciências da natureza e suas tecnologias. 1 ed. atual., São Paulo: SE, 2012, p. 25-68. Disponível em: \. Acesso em: 18 dez. 2012.
VIII. PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA II – QUÍMICA
1. PERFIL
O professor de química precisa ter: formação generalista sólida e abrangente em conteúdos dos diversos campos da Química; visão crítica do papel da química nas relações sociais, entendendo-a? como uma ciência que influencia e é influenciada pelos processos tecnológicos e histórico-sociais; formação adequada para a aplicação de maneira crítica dos referenciais teóricos sobre ensino e aprendizagem de Química em situações concretas de ensino; capacidade de articular, quando possível e desejável, os conhecimentos químicos a problemas sociais, ambientais, econômicos, políticos e tecnológicos; postura investigativa que busca produzir e disseminar conhecimentos científicos, práticos e pedagógicos sobre o ensino e a aprendizagem da Química; conhecimento geral de problemas regionais, nacionais e mundiais, nos quais estão inseridos conhecimentos químicos;
capacidade de desenvolver atividades de ensino que promovam reflexão sobre o uso que se faz na sociedade ao longo do tempo dos conhecimentos químicos e suas tecnologias e de suas consequências (benéficas ou não) para o ambiente, em especial para a vida e para o bem-estar da humanidade.
2. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
COMPETÊNCIAS
a) Reconhecer a Química como parte da cultura humana, portanto de caráter histórico, que influencia outras áreas do saber, e é influenciada por elas.
b) Compreender o conhecimento químico como sendo estruturado sobre o tripé: transformações químicas, materiais e suas propriedades e modelos explicativos, entremeados pela linguagem científica simbólica própria da Química.
c) Conhecer os conteúdos fundamentais da Química com uma profundidade que permita identificar as ideias principais presentes nesses conteúdos e
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articulá-las, estabelecendo relações entre eles e abordando-os sob diferentes perspectivas, tendo em vista a formação do aluno como cidadão.
d) Avaliar as relações entre os conhecimentos científicos e tecnológicos e os aspectos sociais, econômicos, políticos e ambientais ao longo da história e na contemporaneidade, sendo capaz de organizar os conteúdos da Química, ao tratar o tripé transformações – materiais – modelos explicativos, em torno de temáticas que permitam compreender o mundo em sua complexidade.
e) Organizar o estudo da Química a partir de fatos perceptíveis, mensuráveis e próximos à vivência do estudante, caminhando para as possíveis explicações mais abstratas e que exigem modelos explicativos mais elaborados, de modo a respeitar o nível de desenvolvimento cognitivo do estudante e criar condições para seu desenvolvimento.
f) Compreender a ciência como construção humana, social e historicamente situada, estando, portanto, sujeita a debates, conflitos de interesses, incertezas e mudanças. Promover o ensino da Química de maneira condizente com essa visão, em contraposição à ideia de ciência como verdades absolutas e imutáveis.
g) Propor e realizar atividades experimentais de caráter investigativo com objetivo de conhecer fatos químicos e construir explicações científicas fundamentadas em dados empíricos e proposições teóricas. Desenvolver, neste percurso, habilidades e competências científicas tais como observar, registrar, propor hipóteses, inferir, organizar, classificar, ordenar e analisar dados, sintetizar, argumentar, generalizar e comunicar resultados, estando ciente das possibilidades e limitações da experimentação no desenvolvimento e na aprendizagem da ciência.
h) Valorizar, ao propor temas para o ensino, o tratamento de questões ambientais, de maneira articulada com outras áreas do conhecimento, tendo em vista o desenvolvimento de atitudes sustentáveis, tanto em âmbito individual quanto coletivo.
i) Evidenciar, nas situações concretas da vida dos alunos, situações em que o conhecimento químico tratado em sala de aula se articula com a experiência cotidiana, seja refutando, corroborando ou aprofundando as concepções prévias dos estudantes.
j) Reconhecer o papel ativo do aluno na construção de seu próprio conhecimento, sabendo propor atividades que incentivem a pesquisa, a capacidade de fazer perguntas, de analisar problemas complexos, de construir argumentações consistentes, de comunicar ideias e de buscar informações em diferentes fontes.
k) Ser capaz de propor, conduzir e avaliar atividades de ensino sobre os temas e conteúdos a que se referem as habilidades aqui elencadas, de modo condizente com os perfis do educador e do professor de Química propostos nesse documento.
HABILIDADES
Prever a geometria de moléculas usando a teoria da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência (Valence Shell Electron Pair Repulsion - VSEPR);
Prever os efeitos da dissolução de materiais sobre a pressão de vapor, temperatura de ebulição e temperatura de fusão de soluções;
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Compreender os fenômenos de fissão e fusão nuclear, a formação das radiações alfa, beta e gama e alguns de seus efeitos;
Compreender a reação de polimerização do polietileno (PE), polipropileno (PP), policloreto de vinila (PVC) e outros polímeros muito utilizados;
Identificar a isomeria óptica e geométrica de compostos orgânicos a partir de suas fórmulas estruturais;
Analisar quantitativamente as relações entre carga elétrica, corrente elétrica e massa de materiais que se transformam em reações eletroquímicas (Leis de Faraday);
Prever a espontaneidade de transformações químicas a partir da energia livre de Gibbs;
Prever a espontaneidade de transformações químicas de oxirredução a partir da diferença de potenciais padrão de redução;
Compreender a atuação e o efeito de catalisadores e enzimas em transformações químicas e bioquímicas;
Reconhecer o estado de equilíbrio químico, descrevendo suas características, representando-o por meio de equações químicas e da constante de equilíbrio, explicando-o por meio de modelos submicroscópicos, avaliando o efeito da variação da temperatura, da concentração e da pressão na constante de equilíbrio e na composição dos sistemas e relacionando a constante de equilíbrio químico com a energia livre de Gibbs;
Interpretar o efeito tampão em um equilíbrio químico e conhecer soluções tampão importantes em equilíbrios na natureza e no corpo humano;
Saber planejar experimentos considerando os conhecimentos químicos que podem ser construídos pelos alunos, as variáveis que devem ser controladas, as habilidades que a serem desenvolvidas, o registro e análise dos dados, o descarte dos materiais, normas de segurança e as questões que serão apresentadas para problematização inicial e posterior dos dados.
Conhecer e aplicar as regras de segurança para o trabalho experimental em laboratório ou por demonstração em sala de aula;
Representar, por meio de gráficos, tabelas, quadros, equações matemáticas e diagramas dados e informações referentes aos diversos conteúdos da Química;
Saber identificar fontes de informação relevantes para a Química e seu ensino e Fazer buscas de informações pertinentes que permitam uma atualização constante nos diversos campos da química e da educação;
Saber orientar os estudantes em atividades de pesquisa bibliográfica e de investigação experimental sobre temas científicos, considerando a proposição de hipóteses pelos estudantes, a elaboração de procedimentos, a análise das informações, a elaboração de conclusões e comunicação dos resultados;
reconhecer a ocorrência de transformações químicas no dia a dia e no sistema produtivo por meio de evidências macroscópicas (mudanças de cor, desprendimento de gás, mudanças de temperatura, formação de precipitado, emissão de luz, etc.), da formação de novos materiais (produtos) com propriedades distintas dos de partida (reagentes);
Descrever as transformações químicas em linguagem discursiva e representá-las por meio de fórmulas e equações químicas (e vice-versa);
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Descrever as principais ideias sobre a constituição da matéria usando as ideias de Dalton e reconhecer a importância e as limitações do uso de modelos explicativos na ciência;
Reconhecer a conservação de massa e as proporções fixas entre as massas de reagentes e produtos e a energia envolvidas em uma transformação química;
Reconhecer as variáveis (estado de agregação, temperatura, concentração e catalisador) que podem modificar as velocidades (rapidez) de transformações químicas;
Representar energia de ativação em diagramas de energia, e reconhecê-la assim como a orientação de colisão entre partículas, como fatores determinantes para que ocorra uma colisão efetiva;
Realizar cálculos para estimar massas, massas molares, quantidades de matéria (mol), número de partículas e energia envolvida em transformações de combustão e em transformações químicas em geral;
Explicar no nível microscópico, usando o modelo atômico de Dalton, como as variáveis (estado de agregação, temperatura, concentração e catalisador) podem modificar a velocidade (rapidez) de uma transformação química;
Reconhecer que transformações químicas podem ocorrer em mais de uma etapa e identificar a etapa lenta de uma transformação química como a determinante da velocidade com que esta ocorre;
Aplicar o modelo atômico de Dalton para interpretar as transformações químicas, a conservação de massa, as proporções fixas entre reagentes e produtos e a energia envolvida;
Prever, a partir de equações balanceadas, as quantidades de reagentes e produtos envolvidos em termos de massas, massas molares e quantidade de matéria;
Analisar critérios tais como poder calorífico, quantidade de produtos (CO2) custos de produção e impactos ambientais de combustíveis para julgar a melhor forma de obtenção de calor em uma dada situação;
Interpretar a transformação química como resultante da quebra de ligações nos reagentes e formação de novas ligações, que resulta nos produtos;
Fazer previsões a respeito da energia envolvida numa transformação química, considerando a ideia de quebra e formação de ligações e os valores das energias de ligação;
Interpretar reações de neutralização entre ácidos e bases fortes de Arrhenius como reações entre H+ e OH- e saber prever a quantidade (em massa e quantidade de matéria, e em volume) de base forte que deve ser adicionada a um ácido forte, para que a solução obtida seja neutra – dadas as concentrações das soluções;
Fazer previsões qualitativas, usando modelos explicativos, sobre como composições de variáveis podem afetar as velocidades de transformações químicas;
Reconhecer que existem transformações químicas cujos rendimentos são inferiores aos previstos estequiometricamente, que não se completam, em que reagentes e produtos coexistem em equilíbrio químico dinâmico: as velocidades das transformações diretas são iguais às velocidades das transformações inversas;
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Reconhecer os fatores que alteram os estados de equilíbrio químicos: temperatura, pressão e mudanças na concentração de espécies envolvidas no equilíbrio;
Conhecer variáveis que podem modificar a velocidade (rapidez) de uma transformação química;
Utilizar valores da escala de pH para classificar soluções aquosas como ácidas, básicas e neutras (a 25 °C), e calcular valores de pH a partir das concentrações de H+, e vice-versa;
Calcular a constante de equilíbrio de uma transformação química a partir de dados empíricos apresentados em tabelas e relativos às concentrações das espécies que coexistem em equilíbrio químico, e vice-versa;
Avaliar, dentre diferentes transformações químicas, qual apresenta maior extensão, dadas as equações químicas e as constantes de equilíbrio correspondentes;
Aplicar os conhecimentos referentes às influências da pressão e da temperatura na rapidez e na extensão de transformações químicas de equilíbrio, para escolher condições reacionais mais adequadas;
Reconhecer e localizar os elementos químicos na tabela periódica;
Reconhecer a destilação fracionada como método de separação que se baseia nas diferentes temperaturas de fusão ou de ebulição de diferentes misturas (petróleo, ar atmosférico) e a “cristalização fracionada”, como maneira de separação de sais dissolvidos em água usando suas diferentes solubilidades;
Reconhecer a dependência entre a solubilidade de gases em líquidos com as condições de pressão e de temperatura;
Reconhecer o número atômico como o número de prótons, o qual caracteriza o elemento químico, e o número de massa como o número de prótons e nêutrons;
Identificar materiais por meio de suas propriedades específicas e aplicar estes conhecimentos para escolher métodos de separação, de armazenamento, de transporte, assim como seus usos adequados;
Interpretar as ideias de Rutherford e de Bohr para entender a estrutura da matéria e sua relação com as propriedades da matéria;
Relacionar nomes de compostos orgânicos com suas fórmulas estruturais e vice-versa;
Reconhecer a importância das propriedades da água para a manutenção da vida no planeta Terra (calor específico e o fato de solubilizar muitos sais importantes);
Relacionar propriedades de sólidos e líquidos (temperaturas de fusão e de ebulição, volatilidade, resistência à compressão, condutibilidade elétrica) com o tipo de ligações presentes (iônicas covalentes e metálicas) e com os tipos de interação eletrostática interpartículas (London e ligações de hidrogênio);
Saber preparar soluções a partir de informações de massas, quantidade de matéria e volumes e a partir de outras soluções mais concentradas;
Saber expressar e interrelacionar as composições de soluções em g.L-1 e mol.L-1, ppm, % em massa e em volume;
Reconhecer ligações covalentes em sólidos e em macromoléculas, ligações iônicas em sais sólidos e líquidos, e ligações metálicas em metais, e entender
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a formação de uma substância a partir das interações eletrostáticas entre as partículas que a constitui;
Analisar informações de gráficos e tabelas para estimar o estado físico dos materiais a partir de suas temperaturas de fusão e de ebulição e para diferenciar substâncias de misturas;
Realizar cálculos e fazer estimativas usando dados de massa, volume, densidade, temperatura, solubilidade e relacionar os resultados obtidos com dados tabelados para identificar substâncias, diferenciar substâncias puras de misturas de substâncias;
Recolher métodos de separação de substâncias e avaliar sua efetividade com base nas propriedades dos materiais presentes na mistura;
Avaliar e escolher métodos de separação de substâncias (filtração, destilação, decantação, etc.) com base nas propriedades dos materiais;
Realizar cálculos que envolvam concentrações de soluções e de DBO e aplicá-los para reconhecer a qualidade de diferentes águas;
Aplicar conceitos de separação de misturas, de solubilidade, de transformação química para compreender os processos envolvidos no tratamento da água para consumo humano e em outras situações cotidianas;
Fazer previsões a respeito do tipo de ligação química entre dois elementos considerando as suas posições na tabela periódica e as eletronegatividades;
Reconhecer que há transformações químicas que ocorrem com o envolvimento de energia elétrica;
Interpretar os processos de oxidação e de redução a partir de ideias sobre a estrutura da matéria;
Relacionar a energia elétrica produzida e consumida na transformação química com os processos de oxidação e redução, e aplicar esses conhecimentos para explicar o funcionamento de uma pilha galvânica e os processos eletrolíticos;
Avaliar as implicações sociais e ambientais das transformações químicas que ocorrem com envolvimento de energia elétrica e os impactos ambientais causados pelo descarte de pilhas galvânicas e baterias;
Reconhecer métodos utilizados em escala industrial assim como suas importâncias econômicas e sociais para a obtenção de materiais e substâncias utilizados no sistema produtivo a partir da água do mar (obtenção do cloreto de sódio por evaporação, do gás cloro e do sódio metálico por eletrólise ígnea, do hidróxido de sódio e do gás cloro por eletrólise da salmoura, do carbonato de sódio pelo processo Solvay, da cal pela calcinação do carbonato de cálcio e de água potável por destilação e por
osmose reversa), do petróleo (destilação fracionada, alquilação e craqueamento), de minérios (siderurgia do ferro e do cobre), da biomassa, da amônia e seus derivados a partir do nitrogênio atmosférico e do gás hidrogênio (processo Haber);
Reconhecer alguns agentes poluidores do meio ambiente, como por exemplo, esgotos residenciais, industriais e agropecuários, detergentes, praguicidas, gases solúveis em água, materiais sólidos tóxicos ou de difícil degradação;
Interpretar dados apresentados em gráficos e tabelas relativos ao critério brasileiro de potabilidade da água, para avaliar grau de poluição;
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Escrever fórmulas estruturais de hidrocarbonetos a partir de sua nomenclatura e vice-versa, e reconhecer o petróleo como fonte de hidrocarbonetos;
Classificar substâncias como isômeras, dadas suas nomenclaturas ou fórmulas estruturais reconhecendo que apresentam diferentes fórmulas estruturais, diferentes propriedades físicas (como temperaturas de fusão, de ebulição e densidade) e mesmas fórmulas moleculares;
Reconhecer as principais fontes de emissão dos gases responsáveis pela intensificação do efeito estufa, pelo aumento da acidez de chuvas, pela depleção da camada de ozônio e reconhecer que a poluição atmosférica está relacionada com o tempo de permanência, a solubilidade dos gases poluentes, assim como com as reações que envolvam estes gases;
Interpretar e aplicar dados de DBO para entender a importância do oxigênio dissolvido no meio aquático e entender problemas ambientais;
Interpretar figuras, diagramas, esquemas e textos referentes à formação da chuva ácida, ao efeito estufa, aos ciclos do carbono, do oxigênio, da água e do nitrogênio para compreender como se interrelacionam, assim como a importância de se fazer escolhas conscientes de consumo e de descarte;
Interpretar os ciclos da água, do nitrogênio, do oxigênio, do gás carbônico, suas inter-relações e seu papel na manutenção ou deterioração do equilíbrio ambiental;
Analisar e reconhecer os grupos funcionais por meio de fórmulas estruturais de aminas, amidas, ácidos carboxílicos, ésteres, éteres, aldeídos, cetonas, alcoóis, gliceróis, relacioná-las aos principais macronutrientes alimentares e refletir sobre a ideia da existência de alimentos sem química;
Avaliar vantagens e desvantagens do uso de diferentes tipos de combustíveis e de energias: combustíveis fósseis, biomassa, energia solar, movimento de ventos e de águas (hidrelétricas e marés), oxidação (queima) de gás hidrogênio;
Avaliar custos e benefícios sociais, ambientais e econômicos da transformação e utilização de materiais;
Refletir sobre hábitos de consumo levando em conta os 4 erres e avaliar propostas de intervenção na sociedade tendo em vista os problemas ambientais relacionados à química.
3. BIBLIOGRAFIA
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São Paulo: EDUSP, 1995.ica no ensino médio: reflexões e propostas. São Paulo: SEE/CENP, 2009. Disponível em
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IX. PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA II – FÍSICA
1. PERFIL
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O professor de Física para a Educação Básica deve antes de tudo revelar domínio de conhecimentos específicos de Física, ou seja, de seus fenômenos, princípios, leis, modelos, linguagens, métodos de experimentação e investigação, sua contextualização histórica e social, assim como de sua relação com as tecnologias e as demais ciências da natureza, da mesma forma que com outras áreas do conhecimento; além de conhecer os fundamentos que estruturam o trabalho curricular específico no componente curricular e que dizem respeito à apropriação didática e metodológica desses conhecimentos na prática de sala de aula, ou seja, ser capaz de fazer uso efetivo dessa cultura pedagógica. Deve, também, desenvolver a compreensão das bases cientificas da Física, contando com crescente protagonismo dos alunos já intelectualmente mais maduros, tendo como temas de estudo centrais: Movimentos - Variações e Conservações;
Universo, Terra e Vida; Calor, Ambiente e Usos de Energia; Equipamentos Elétricos; Matéria e Radiação. Ao organizar o ensino sob tais temas de estudo, compreender que correspondem a um rearranjo, mais contextual e atualizado, dos conteúdos tradicionalmente denominados como mecânica, termodinâmica, óptica, eletromagnetismo e física moderna, combinados de outra forma e acrescidos de elementos de cosmologia e de tecnologias contemporâneas desenvolvidos com metodologias variadas, como as de investigação, leitura, experimentação, debate e projetos de trabalho em grupo, de forma a levarem seus alunos a enfrentar situações-problema em contextos reais de caráter vivencial, prático, tecnológico ou histórico.
2. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
COMPETÊNCIAS
a) Reconhecer a presença das ciências, e entre elas especialmente da Física, na cultura e na vida em sociedade, na investigação da Terra, do cosmo, da vida, de materiais e substâncias e, em associação com as tecnologias, na produção de conhecimentos, manifestações artísticas, bens e serviços, assim como enfatizar esta presença para aproximar o conhecimento científico do interesse de crianças e jovens.
b) Identificar as ciências como dimensão da cultura humana, de caráter histórico, portanto, com produção de conhecimento dinamicamente relacionada às tecnologias que produz e a outros âmbitos da cultura humana, das quais também depende e com critérios de verificação fundados em permanente exercício da dúvida, assim compreendendo a Física como composta de saberes em contínuo aperfeiçoamento e transformação.
c) Promover e valorizar a alfabetização científico-tecnológica, ou seja, a capacidade de expressar e se comunicar com as linguagens da ciência, bem como de expressar o saber científico em diferentes linguagens. Nesse sentido, saber ensinar as variáveis, grandezas e processos físicos para fazerem parte do acervo vocabular e conceitual dos estudantes.
d) Ser capaz de construir relações significativas entre a Física e os diferentes campos de conhecimento das ciências naturais, como os da Astronomia, Biologia, Geologia e Química, em contextos de caráter cultural, social, histórico e, em geral, interdisciplinar.
e) Compreender que o ensino da Física além de contribuir para o desenvolvimento da cultura científica, deve ao mesmo tempo promover competências gerais, habilidades técnicas e valores humanos.
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f) Conduzir a aprendizagem da Física de forma a promover a capacidade de trabalho coletivo dos alunos, planejando e realizando atividades com sua participação ativa, e também demandando consulta e cooperação entre eles, em questões de caráter prático, crítico e propositivo.
g) Tratar temáticas que, envolvendo a Física de forma significativa, dialoguem com o contexto da escola e com a realidade do aluno, respeitando as culturas regionais, mas orientando a construção conceitual com vistas a uma cultura científica de sentido universal.
h) Respeitar as etapas de desenvolvimento cognitivo dos alunos, utilizando linguagens e níveis de complexidade dos conteúdos disciplinares da Física de forma compatível com a maturidade esperada dos estudantes da educação básica.
i) Realizar e sugerir observações e medidas físicas práticas que não se limitem a experiências demonstrativas ou laboratoriais, mas que também envolvam percepções e verificações do mundo real, em que sejam relevantes a participação e o registro feitos pelos alunos em situações de sua vivência pessoal, assim como de fenômenos naturais e de procedimentos do sistema produtivo e de serviços.
j) Ser capaz de motivar e fomentar os interesses dos alunos, estimulando a investigação e a capacidade de pesquisar e de fazer perguntas, assumindo com tolerância e respeito às responsabilidades da função que exerce, o que também inclui uma contínua atenção à sua própria formação.
HABILIDADES
Identificar, caracterizar e estimar grandezas do movimento:
observar movimentos do cotidiano em termos de variáveis como distância percorrida, tempo, velocidade e massa; sistematizar movimentos, segundo trajetórias, variações de velocidade e outras características; realizar medida de tempo, percurso, velocidade média e demais grandezas mecânicas.
Compreender e calcular a quantidade de movimento linear, sua variação e conservação: a modificação nos movimentos decorrentes de interações, como ao se dar partida a um veículo; a variação de movimentos relacionada à força aplicada e ao tempo de aplicação, a exemplo de freios e dispositivos de segurança; a conservação da quantidade de movimento em situações cotidianas; as leis de Newton na análise do movimento de partes de um sistema mecânico e relacionadas com as leis de conservação.
Conceituar e fazer uso prático de trabalho e energia mecânica: trabalho de uma força como medida da variação do movimento, como numa frenagem; energia mecânica em situações reais e práticas, como em um bate-estacas; estimativa de riscos em situações de alta velocidade.
Conceituar e quantificar equilíbrio estático e dinâmico: condições para o equilíbrio de objetos e veículos no solo, na água ou no ar; amplificação de forças em ferramentas, instrumentos e máquinas; conservação do trabalho mecânico; evolução do trabalho mecânico nos transportes e máquinas.
Conhecer e dimensionar os constituintes do universo: massas, tamanhos, distâncias, velocidades, grupamentos e outras características de planetas, sistema solar, estrelas, galáxias e demais corpos astronômicos.
Comparar modelos explicativos do Sistema Solar (da visão geocêntrica à heliocêntrica) e da origem e constituição do Universo (em diferentes culturas).
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Compreender o campo gravitacional em sua relação com massas e distâncias envolvidas, nos movimentos junto à superfície terrestre – quedas, lançamentos e balística, no sistema planetário conservação do trabalho mecânico e das quantidades de movimento lineares e angulares em interações astronômicas, reconhecendo a natureza cíclica dos movimentos do Sol, da Lua e da Terra.
Discutir teorias e hipóteses históricas e atuais sobre origem, constituição e evolução do universo: etapas de evolução estelar – de sua formação à transformação em gigantes, anãs ou buracos negros; estimativas do lugar da vida no espaço e no tempo cósmicos; avaliação da possibilidade de existência
de vida em outras partes do Universo; evolução dos modelos de Universo – matéria, radiações e interações fundamentais; o modelo cosmológico atual – espaço curvo, inflação e Big Bang.
Conceituar calor como energia: histórico da unificação calor-trabalho mecânico e da formulação do princípio de conservação da energia; a conservação de energia em processos físicos, como mudanças de estado e em máquinas mecânicas e térmicas ou em ciclos naturais. Fazer uso de propriedades térmicas, na análise de troca de calor e seus efitos.
Caracterizar a operação de máquinas térmicas em ciclos fechados: potência e rendimento em máquinas térmicas reais, como motores de veículos; impacto social e econômico do surgimento das máquinas térmicas na primeira revolução industrial.
Associar entropia e degradação da energia: fontes de energia na Terra; transformações e degradação; o ciclo de energia no universo e as fontes terrestres de energia. Interpretar ou realizar um balanço energético nas transformações envolvidas no uso e na geração de energia.
Caracterizar o som e suas fontes: ruídos e sons harmônicos;
timbres e fontes de produção; amplitude, frequência, comprimento de onda, velocidade e ressonância de ondas mecânicas;
questões de som no cotidiano contemporâneo – audição humana, poluição sonora, limites e conforto acústicos.
Caracterizar a luz e suas fontes: formação de imagens, propagação, reflexão e refração da luz; sistemas de ampliação da visão, como lupas, óculos, telescópios e microscópios; luz e cor: a diferença entre cor das fontes de luz e a cor de pigmentos, o caráter policromático da luz branca, as cores primárias no sistema humano de percepção e nos aparelhos e equipamentos, adequação e conforto na iluminação de ambientes.Interpretar o caráter eletromagnético de diferentes radiações e da luz e compreender suas características: emissão e absorção de luz de diferentes cores; evolução histórica da representação da luz como onda eletromagnética; transmissões eletromagnéticas; produção, propagação e detecção de ondas eletromagnéticas; equipamentos e dispositivos de comunicação, como rádio e TV, celulares e fibras óticas; evolução da transmissão de informações e seus impactos sociais.
Utilizar, conceituar e dimensionar circuitos elétricos: aparelhos e dispositivos domésticos e suas especificações elétricas, como potência e tensão de operação; modelo clássico de propagação de corrente em sistemas resistivos; avaliação do consumo elétrico residencial e em outras instalações
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e medidas de economia; perigos da eletricidade e medidas de prevenção e segurança.
Dominar e utilizar conceitos envolvendo correntes, forças e campos eletromagnéticos: propriedades elétricas e magnéticas de materiais e a interação por meio de campos elétricos e magnéticos; valores de correntes, tensões, cargas e campos em situações de nosso cotidiano; campos e forças eletromagnéticas;
interação elétrica e magnética, o conceito de campo e as leis de Oersted e da indução de Faraday; a evolução das leis do eletromagnetismo como unificação de fenômenos antes separados.
Compreender e dimensionar motores e geradores em seu uso prático: constituição de motores e de geradores, a relação entre seus componentes e as transformações de energia; produção e consumo elétricos; produção de energia elétrica em grande escala em usinas hidrelétricas, termoelétricas e eólicas, e a estimativa de seu custo-benefício e seus impactos ambientais;
transmissão de eletricidade em grandes distâncias; evolução da produção e do uso da energia elétrica e sua relação com o desenvolvimento econômico e social.
Conhecer a constituição da matéria: modelos de átomos e moléculas para explicar características macroscópicas mensuráveis; a matéria viva e sua distinção com os modelos físicos de materiais inanimados; os modelos atômicos de Rutherford e Bohr; átomos e radiações; a quantização da energia na explicação da emissão e absorção de radiação pela matéria; a dualidade onda-partícula; as radiações do espectro eletromagnético e seu uso tecnológico, da iluminação incandescente e fluorescente aos raios X e ao laser.
Relacionar o núcleo atômico e sua constituição com sua radiatividade: núcleos estáveis e instáveis, radiatividade natural e induzida; a energia nuclear e seu uso médico, industrial, energético e bélico; radiatividade, radiação ionizante, efeitos biológicos e radioproteção; partículas elementares, evolução dos
modelos dos átomos da Grécia clássica aos quarks; a diversidade
das partículas sua detecção e identificação; a natureza e a intensidade das forças entre partículas.
Demonstrar domínio conceitual e prático de eletrônica e
informática: propriedades e papéis dos semicondutores nos dispositivos microeletrônicos - elementos básicos da microeletrônica, no armazenamento e processamento de dados - discos magnéticos, CDs, DVDs, leitoras e processadores; impacto social e econômico contemporâneo da automação e da informatização.
3. BIBLIOGRAFIA
A) Livros e Artigos
1. BERMANN, Célio. Energia no Brasil: para quê? Para quem? Crise e alternativas para um país sustentável. 2. ed., São Paulo: Livraria da Física, 2003.
2. CARVALHO, Anna Maria P.; RICARDO, Elio Carlos; SASSERON, Lucia Helena; ABIB, Maria Lucia V. S.; PIETROCOLA, Maurício. Ensino de Física. 1. ed., São Paulo: Cengage Learning, 2011.
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3. DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André; PERNAMBUCO, Marta Maria. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. 3. ed., São Paulo: Cortez, 2009.
4. EINSTEIN, Albert; INFELD, Leopold. A evolução da Física. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2008.
5. GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA. Física. São Paulo: EDUSP, 2001/2005. v. 1, 2 e 3.
6. HEWITT, Paul G. Física conceitual. Tradução: Trieste Freire Ricci; revisão técnica: Maria Helena Gravina, 11. ed., Porto Alegre: Bookman, 2011.
7. MENEZES, Luis Carlos de. A matéria uma aventura do espírito: fundamentos e fronteiras do conhecimento físico. São Paulo: Livraria da Física, 2005.
8. OKUNO, Emico. Radiação: Efeitos, Riscos e Benefícios. São Paulo: Harbra. 1998.
9. OLIVEIRA FILHO, Kepler de Souza; SARAIVA, Maria de Fatima Oliveira. Astronomia e astrofísica. 2. ed., São Paulo:
Livraria da Física, 2004.
10. OLIVEIRA, Ivan S. Física Moderna: para iniciados, interessados e aficionados. vol. 1 e 2. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005.
11. TIPLER, Paul A.; LLEWELLYN, Ralph A. Física moderna. 5. ed., Rio de Janeiro: LTC, 2010.
12. TIPLER, Paul A.; MOSCA, Gene. Física para cientistas e engenheiros. 6. ed., Rio de Janeiro: LTC, 2009. v.1,2 e 3.
B) Publicações Institucionais
1. BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ ensino médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais; ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
Disponível em: \< https://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasNatureza.pdf \>. Acesso em: 18 jul. 2013.
2. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: física. In: ___________________.
Currículo do Estado de São Paulo: ciências da natureza e suas tecnologias. São Paulo: SE, 2012. p. 96-125. Disponível em:
\. Acesso em: 18 jul. 2013.
X. PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA II – GEOGRAFIA
1. PERFIL
O professor de geografia deve formar cidadãos com uma postura crítica diante da realidade, para refletir organizadamente sobre a dimensão espacial da sociedade, reconhecendo que o espaço geográfico não é meramente um substrato sobre o qual as dinâmicas sociais se desenrolam, mas sim é uma dimensão dessas dinâmicas, formado pela articulação entre objetos naturais, técnicos e informacionais, ações e fluxos materiais e imateriais. No mundo contemporâneo, marcado pela aceleração dos fluxos e pelo elevado conteúdo de ciência e tecnologia nos processos produtivos, a trama que constitui o espaço se articula numa totalidade mundial, que se expressa desigualmente nos territórios nacionais, nas regiões e nos lugares. O movimento das
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escalas geográficas é uma ferramenta indispensável na análise dos fenômenos que ocorrem no lugar, pois elas estão sempre interrelacionadas, ao considerar o mundo, a região e o território nacional, cujos conceitos só adquirem relevância se forem mobilizados para desvendar a dimensão espacial dos arranjos econômicos, das estratégias políticas e das identidades
culturais, que são portadoras de visões de mundo diferentes. O professor deve estimular os alunos a se posicionarem de forma autônoma frente a essas diferenças.
2. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
COMPETÊNCIAS
a) Reconhecer e dominar conceitos e diferentes procedimentos metodológicos com vistas a desenvolver a análise e a formulação de hipóteses explicativas acerca da produção do espaço geográfico e da articulação de diferentes escalas geográficas.
HABILIDADES
a.1) Ler e interpretar a dinâmica da paisagem, identificando interações entre elementos dos sistemas naturais e sociais, bem como os padrões e tendências das transformações locais e globais.
a.2) Ler, interpretar e representar formas, estruturas e processos espaciais, demonstrando o domínio de linguagens numérico digitais, gráficas e cartográficas.
a.3) Utilizar os diversos produtos e técnicas cartográficas para localizar-se no espaço e visualizar informações, de modo a identificar razões e intenções presentes nos fenômenos sociais e naturais, com vistas a analisar, compreender e explicar as diferentes formas de intervenção no território e as lógicas desses fenômenos.
COMPETÊNCIAS
b) Reconhecer o caráter provisório das ciências diante da realidade em permanente transformação, considerando a importância das concepções teóricas e metodológicas da Geografia para o desenvolvimento do conhecimento humano.
HABILIDADES
b.1) Reconhecer que os conceitos e teorias em que a Geografia e as demais ciências se baseiam são datados e, dessa forma devem ser revistos periodicamente. Daí a importância da formação continuada, pois o professor deve estar atento ás novas tendências do pensamento geográfico.
b.2) Reconhecer o dinamismo social e natural e a necessidade de uma constante releitura dos fenômenos
COMPETÊNCIAS
c) Demonstrar o domínio do conhecimento de ciências afins da Geografia que contribuam para ampliar a capacidade de interpretação, argumentação e expressão da realidade geográfica, numa perspectiva interdisciplinar.
HABILIDADES
c.1) Ler, interpretar e representar formas, estruturas e processos espaciais, demonstrando o domínio de linguagens numérico digitais, gráficas e cartográficas.
c.2) Reconhecer, aplicar e estabelecer relações entre conhecimentos geográficos na interpretação de textos jornalísticos, documentos históricos,
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obras literárias e outras manifestações artísticas, como pinturas, esculturas, músicas, danças e projetos arquitetônicos.
c.3) Realizar escolhas mais adequadas de técnicas e procedimentos de análise da dinâmica ambiental, de estudos populacionais e da produção econômica do espaço geográfico.
c.4) Interpretar e analisar dados e indicadores de diferentes formas de desigualdade social, organizados em tabelas ou expressos em gráficos e cartogramas.
c.5) Buscar, sempre que possível, o diálogo com as demais disciplinas do currículo, visando o trabalho interdisciplinar.
COMPETÊNCIAS
d) Compreender os fundamentos e as relações espaço temporais pretéritas e atuais do planeta com vistas a identificar, reconhecer, caracterizar, interpretar, prognosticar e analisar fatos e eventos relativos ao sistema terrestre e suas interações com as sociedades na organização do espaço geográfico em diferentes escalas.
HABILIDADES
d.1) Refletir acerca da crise ambiental, estabelecendo relações de causa e efeito da intervenção humana nos ciclos naturais, fluxos de energia e no manejo de recursos naturais.
d.2) Ler e interpretar a dinâmica da paisagem, identificando interações entre elementos dos sistemas naturais e sociais, bem como os padrões e tendências das transformações locais e globais
d.3) Ler, interpretar e representar formas, estruturas e processos espaciais, demonstrando o domínio de linguagens numérico digitais, gráficas e cartográficas.
d.4) Utilizar os diversos produtos e técnicas cartográficas para localizar-se no espaço e visualizar informações, de modo a identificar razões e intenções presentes nos fenômenos sociais e naturais, com vistas a analisar, compreender e explicar as diferentes formas de intervenção no território e as lógicas desses fenômenos.
d.5) Identificar problemas e propor soluções decorrentes do uso e da ocupação do solo no campo e na cidade, considerando as políticas de gestão e de planejamento urbano, regional e ambiental
d.6) Realizar escolhas mais adequadas de técnicas e procedimentos de análise da dinâmica ambiental, de estudos populacionais e da produção econômica do espaço geográfico.
d.7) Explicar os processos geológicos e geofísicos e suas interações com a evolução da vida e a organização dos domínios morfoclimáticos.
COMPETÊNCIAS
e) Compreender a importância e as diferentes formas de aplicação de inovações teóricas, metodológicas e tecnológicas para o avanço da pesquisa e do ensino em Geografia, considerando a aprendizagem da linguagem cartográfica.
HABILIDADES
e.1) Ler, interpretar e representar formas, estruturas e processos espaciais, demonstrando o domínio de linguagens numérico digitais, gráficas e cartográficas.
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e.2) Utilizar os diversos produtos e técnicas cartográficas para localizar-se no espaço e visualizar informações, de modo a identificar razões e intenções presentes nos fenômenos sociais e naturais, com vistas a analisar, compreender e explicar as diferentes formas de intervenção no território e as lógicas desses fenômenos.
e.3) Realizar escolhas mais adequadas de técnicas e procedimentos de análise da dinâmica ambiental, de estudos populacionais e da produção econômica do espaço geográfico.
e.4) Interpretar dados e indicadores de diferentes formas de desigualdade social organizados em tabelas ou expressos em gráficos e cartogramas.
COMPETÊNCIAS
f) Reconhecer o papel das sociedades nas transformações do espaço geográfico, decorrentes das inúmeras relações entre sociedade e natureza, articulando procedimentos empíricos aos referenciais teóricos da análise geográfica com vistas a elaborar propostas de intervenção solidária em processos socioambientais.
HABILIDADES
f.1) Observar, descrever e analisar o uso e apropriação do território, considerando a formação socioespacial e as transformações da divisão territorial do trabalho.
f.2) Ler e interpretar a dinâmica da paisagem, identificando interações entre elementos dos sistemas naturais e sociais, bem como os padrões e tendências das transformações locais e globais
f.3) Situar o Brasil na geopolítica mundial, considerando a globalização e sua inserção na América Latina e nos blocos econômicos internacionais.
f.4) Reconhecer as distintas abordagens de análise dos espaços agrário e urbano no Brasil e no mundo, confrontando diferentes pontos de vista. Comparar padrões espaciais gerados pela produção agropecuária e, pelas cadeias produtivas.
f.5) Refletir acerca da crise ambiental, estabelecendo relações de causa e efeito da intervenção humana nos ciclos naturais, fluxos de energia e no manejo de recursos naturais.
f.6) Explicar os processos geológicos e geofísicos e suas interações com a evolução da vida e a organização dos domínios morfoclimáticos.
f.7) Perceber as relações entre os processos produtivos e as formas de organização espacial. Entender que a cidade é o local, inicialmente da atividade industrial e na atualidade também dos serviços, portanto espaço privilegiado dos fluxos do capital.
COMPETÊNCIAS
g) Compreender as formas de organização econômica, política e social do espaço mundial e brasileiro, resultantes da revolução tecnocientífica e informacional expressa pela aceleração e intensificação dos fluxos da produção, do consumo e da circulação de pessoas, informações e ideias.
HABILIDADES
g.1) Utilizar os diversos produtos e técnicas cartográficas para localizar-se no espaço e visualizar informações, de modo a identificar razões e intenções presentes nos fenômenos sociais e naturais, com vistas a analisar, compreender e explicar as diferentes formas de intervenção no território e as lógicas desses fenômenos.
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g.2) Situar o Brasil na geopolítica mundial, considerando a globalização e sua inserção na América Latina e nos blocos econômicos internacionais.
g.3) Compreender as transformações do mundo do trabalho a partir das inovações tecnológicas e das interações entre diferentes lugares na economia flexível.
g.4) Discriminar as relações assimétricas de poder entre os organismos internacionais (Banco Mundial, FMI, diferentes organismos da ONU), os Estados Nações, as corporações transnacionais e as organizações não governamentais.
g.5) Observar, descrever e analisar o uso e apropriação do território brasileiro, considerando a formação socioespacial e as transformações da divisão territorial do trabalho.
g.6) Analisar o processo de urbanização mundial, com destaque para a metropolização, explicando a importância das cidades globais nos circuitos da economia-mundo.
g.7) Entender as relações entre as formas de produção e consumo e suas consequências ambientais.
g.8) Discutir os conflitos internacionais a partir das premissas da Geografia Política e da Geopolítica.
COMPETÊNCIAS
h) Aproveitar as situações de aprendizagem disponíveis no material didático ampliando-as por intermédio de novos contextos, recursos didáticos e paradidáticos, considerando a realidade local, de modo a ampliar o repertório de leitura de mundo dos alunos.
HABILIDADES
h.1) Reconhecer, aplicar e estabelecer relações entre conhecimentos geográficos na interpretação de textos jornalísticos, documentos históricos, obras literárias e outras manifestações artísticas, como pinturas, esculturas, músicas, danças e projetos arquitetônicos.
h.2) Articular os conceitos geográficos com a realidade e o cotidiano vivenciado pelos alunos.
COMPETÊNCIAS
i) Aplicar diferentes formas de avaliação do ensino-aprendizagem, considerando-as como parte primordial do processo de aquisição do conhecimento, reconhecendo o seu caráter processual e sua relevância na aprendizagem.
HABILIDADES
i.1) Buscar formas de avaliação que privilegiem a capacidade de reflexão e argumentação do aluno em detrimento da memorização de informações.
i.2) Buscar formas de avaliação que levem em consideração a heterogeneidade da formação, da condição socioeconômica e socioespacial, bem como da assimilação do conteúdo.
i.3) Avaliar a aprendizagem dos estudantes por meio de estratégias e instrumentos diversificados e utilizar se dos resultados para reorganizar as propostas de trabalho.
COMPETÊNCIAS
j) a importância curricular de aprendizagens relativas aos processos histórico-geográficos relativos à formação cultural, política e socioeconômica
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da América e da África, considerando sua relevância e influência na formação da identidade brasileira e latina americana.
HABILIDADES
j.1) Observar, descrever e analisar o uso e apropriação do território brasileiro, considerando a formação socioespacial e as transformações da divisão territorial do trabalho.
j.2) Situar o Brasil na geopolítica mundial, considerando a globalização e sua inserção na América Latina e nos blocos econômicos internacionais.
j.3) Reconhecer as distintas abordagens de análise dos espaços agrário e urbano no Brasil e no mundo, confrontando diferentes pontos de vista.
j.4) Discutir a dinâmica demográfica, avaliando as políticas migratórias e a situação dos refugiados internacionais., dando ênfase às contribuições dos diferentes grupos étnicos para a constituição de nossa identidade e cultura.
j.6) Discutir aspectos históricos e políticos que culminaram com a vinda de imigrantes de diferentes partes do mundo para o Brasil.
3. BIBLIOGRAFIA
A) Livros e Artigos
1. AB’SÁBER, Aziz Nacib. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. 7. ed. São Paulo: Ateliê, 2012.
2. CARLOS, Ana Fani Alessandri; OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino (Orgs.). Geografias de São Paulo: representações e crise da metrópole. Vol 1. São Paulo: Contexto, 2004.
3. CASTELLS, Manuel. A Galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
4. CASTROGIOVANNI, A. Carlos; CALLAI, Helena; KAERCHER, Nestor André. Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2001.
5. DURAND, Marie-Françoise et. al. Atlas da Mundialização: compreender o espaço mundial contemporâneo. Tradução de Carlos Roberto Sanchez Milani. São Paulo: Saraiva, 2009.
6. HAESBAERT, Rogério; PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A nova desordem mundial. São Paulo: UNESP, 2006.
7. HUERTAS, Daniel Monteiro. Da fachada atlântica à imensidão amazônica: fronteira agrícola e integração territorial. São Paulo: Annablume, 2009.
8. MARTINELLI, Marcello. Mapas da Geografia e da Cartografia Temática. São Paulo: Contexto, 2003.
9. MORAES, Antonio Carlos Robert de. Geografia: Pequena história crítica. 12. ed., São Paulo: Hucitec, 1993.
10. ROSS, Jurandyr Luciano Sanches (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995.
11. SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed., São Paulo: Edusp, 2006.
12. SANTOS, Milton; SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. 2. ed., Rio de Janeiro: Record, 2001.
13. SANTOS, Milton. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2004.
14.SOUZA, Marcelo Lopes. O ABC do Desenvolvimento Urbano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
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15. THÉRY, Hervé; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: EDUSP, 2010.
16. TOLEDO, Maria Cristina Motta de; FAIRCHILD, Thomas Rich; TEIXEIRA, Wilson. (Org.). Decifrando a Terra. São Paulo: IBEP, 2009.
17. TOMINAGA, Lídia Keiko; SANTORO, Jair; AMARAL, Rosangela (Org).Desastres naturais: conhecer para prevenir. São Paulo: Instituto Geológico, 2009. Disponível em \
Acesso em: 29 jul. 2013.
B) Publicações Institucionais
1. BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. História e geografia, ciências humanas e suas tecnologias: livro do professor – ensino fundamental e médio. Brasília: MEC/INEP, 2002. Disponível em: \.
Acesso em: 18 jul. 2013.
2. BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: ciências humanas e suas tecnologias; geografia. Brasília, MEC/SEB, 2006. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.
3. BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacionais: geografia. Brasília, MEC/SEB, 1998. Disponível em: \< https://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/geografia.pdf\>. Acesso em: 18 jul. 2013.
4. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: geografia. In: ___________________.
Currículo do Estado de São Paulo: ciências humanas e suas tecnologias. São Paulo: SE, 2012, p. 25-27, 74-113. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.
XI. PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA II – HISTÓRIA
1. PERFIL
O professor de história tem um papel relevante no processo de ensino e aprendizagem, destacando a importância da didática da História como um momento de reflexão do professor com a sua própria prática profissional. Deste modo, o professor de história tem autonomia para estabelecer os objetivos, selecionar e organizar conteúdos de estudo históricos e do ensino da história na vida prática como forma de contribuir na formação de sujeitos reflexivos.
Assim sendo, a história a ser ensinada e aprendida deve ter conexões com os PNC’s de História, com seus eixos temáticos, conceitos e abordagens historiográficas como elementos fundamentais do currículo da disciplina dentro de cada nível de ensino. A prática do ensino de história deve ter como referência as experiências temporais no passado e no presente, a partir das práticas dos diversos sujeitos sociais para a compreensão da memória coletiva e individual, num processo de aprendizado e de formação da consciência histórica dos alunos.
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O professor de História nesse processo de ensino e aprendizado é o responsável pela intermediação da aprendizagem histórica dentro de uma orientação multi e intercultural, sem dissociar ensino e pesquisa histórica. Para tanto, se faz necessário mobilizar e transformar a variedade de documentos/fontes e linguagens (escritos, materiais, visuais e audiovisuais) como objeto de estudo e suportes materiais para o ensino de história, como dimensões no processo formativo e de pertencimento do saber histórico por parte dos alunos em sala de aula.
2. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
COMPETÊNCIAS
a) Reconhecer as diferentes e múltiplas temporalidades (tempo social, tempo cronológico e tempo histórico) dentro de um movimento dialético com seus ritmos variados e formas simultâneas de tempo no decorrer da história;
b) Desenvolver procedimentos de pesquisa na orientação do processo formativo de ensino e aprendizado do fazer história, a partir das experiências de vida dos alunos, articulados com os usos de diferentes registros documentais e linguagens de homens e mulheres no passado e no presente;
c) Desenvolver planejamento da aula/disciplina de História para o Ensino Fundamental e Médio, contemplando as propostas dos PCN’s e as novas discussões teórico-metodológicas e didáticas da História, como instrumento da atuação profissional no espaço escolar.
d) Identificar e problematizar as diferentes abordagens, conceitos historiográficos e fontes documentais para estimular o exercício de leitura, análise e interpretação dos alunos do Ensino Fundamental e Médio;
e) Adequar os objetivos do ensino básico e à construção do saber histórico escolar, utilizando-se, sempre que possível, da interdisciplinaridade para construção do conhecimento histórico;
f) Reconhecer e valorizar (a escola, a localidade, a cidade, o país e o mundo) considerando o respeito aos direitos humanos e a diversidade cultural como fundamentos da vida social;
g) Compreender a realidade local, regional, nacional e global como contextos permeados de experiências, representações, culturas políticas e práticas culturais, atentando para as diversas realidades que intermediam a relação entre o presente e passado, e que compõe a formação do saber histórico escolar;
h) Demonstrar conhecimento dos conteúdos fundamentais que expressam a diversidade das experiências históricas através de suas múltiplas manifestações, criando situações de ensino e aprendizagem;
i) Identificar os elementos socioculturais que constituem a formação histórica brasileira, promovendo o estudo das questões da alteridade e a análise de situações históricas de reconhecimento e valorização da diversidade, responsáveis pela construção das identidades individual e coletiva;
j) Trabalhar a pluralidade e diversidade cultural como princípio educativo do ensino-aprendizado em sala de aula;
k) Saber diferenciar e problematizar as correntes teóricometodológicas do ponto de vista da história da historiografia, visando compreender a historicidade da produção do conhecimento e de seus conceitos e narrativas;
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l) Estimular a reflexão sobre a cultura política, relações de poder e as estratégias de participação dos indivíduos, grupos e movimentos sociais ao longo da história;
m) Analisar características essenciais das relações sociais de trabalho ao longo da história, reconhecendo os impactos da tecnologia nas transformações dos processos de trabalho, e estabelecer relações entre trabalho e cidadania;
n) Reconhecer o papel dos vários sujeitos históricos, percebendo e interpretando as relações/tensões entre suas ações e as determinações que as orientam no processo histórico;
HABILIDADES
Compreender a história como processo contínuo e dinâmico, em sua multiplicidade de temporalidades históricas próprias, como aprendizado e de inserção dos sujeitos na História no passado e no presente;
Contextualizar os atores sociais e políticos nos diferentes espaços socioculturais, enquanto sujeito da história no presente e no passado, por meios das mudanças, transformações, continuidades e permanências;
Reconhecer e trabalhar com as diferentes fontes históricas e linguagens como ferramenta de apoio e suporte para o processo de ensino-aprendizado no cotidiano de sala de aula;
Identificar e compreender as representações midiáticas e a emergência das novas tecnologias da informação e da comunicação, como uma ferramenta de apoio didático, de interação e de educação midiática no processo educacional.
Conhecer e utilizar recursos tecnológicos relacionados às diferentes mídias e meios de comunicação (internet, filmes,documentários, entre outros), valorizando-as como um recurso indispensável para o diálogo com os alunos em sua historicidade.
Situar a História e seus paradigmas para além da periodização tradicional - dentro das modalidades temporais (História antiga, medieval, moderna e Contemporânea) e espaciais (História da África, Oriente, Europa, América e do Brasil) para reconhecer e ensinar a História a partir de temas: temas transversais ou geradores, como uma nova forma dos estudos históricos;
Reconhecer a importância da preservação da memória individual e coletiva como reconstrução de identidades, experiências vividas no passado e direito à cidadania, diferenciando da memória oficial de camadas privilegiadas em diversas sociedades historicamente situadas;
Destacar os ritmos cotidianos da vida e o complexo modo de viver e trabalhar dos homens e mulheres, nos vários espaços no decurso da História das sociedades ao longo do tempo;
Identificar e estudar as dinâmicas da vida social por meio das diferentes formas, relações e as condições de trabalho e da vida ao longo da história, problematizando as ações dos homens e mulheres - quem produz? Como se produz e para que se produz?
Reconhecer e valorizar o patrimônio cultural material e imaterial das sociedades antigas para a construção do saber histórico;
Reconhecer a importância da participação, organização política institucional e informal das sociedades ao longo da história;
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Compreender e comparar as práticas escravistas, sociedades escravistas, agenciadores e comércio de escravos, formas de acumulação e relações de dominação na antiguidade e nos tempos modernos;
Identificar materiais que permitam observar as principais características das civilizações antigas quanto à organização da vida material e cultural, relevando questões centrais como o surgimento e formação do Estado e as formas de sociedade e de religiosidade.
Identificar e estudar a Idade Média a partir de suas relações de poder, o papel das universidades medievais, as práticas econômicas e sociais, o renascimento urbano e as experiências religiosas;
Compreender as tradições, comportamentos, incredulidade, perseguições, manifestações, práticas, conflitos, tensões, reformas e contrareformas religiosas na Idade Média, Tempos Modernos e Contemporâneas;
Problematizar no processo de formação dos Estados nacionais as permanências e descontinuidades que se relacionam ao Renascimento cultural, urbano e comercial e suas interfaces com a expansão marítimo-comercial dos séculos XV e XVI.
Destacar aspectos das sociedades pré-colombianas da América, caracterizando as diferenças socioculturais e materiais destas civilizações no momento do contato América-Europa.
Analisar as relações entre os processos da Revolução Industrial Inglesa e da Revolução Francesa e seu impacto sobre os empreendimentos coloniais europeus na América, África e Ásia.
Identificar e compreender os movimentos imperialistas, totalitárias e antissemitismo como referência de projetos e prática de poder, que faz do uso do terror instituído um mecanismo para dominar e subjugar a população no âmbito local, nacional e de toda humanidade em diferentes momentos da história;
Estabelecer relações das sociedades muçulmanas árabes com fundamentações políticas e práticas religiosas, presentes nas tradições culturais de cada país;
Diferenciar as singularidades do socialismo, do comunismo, do anarquismo e seus desdobramentos nos Estados nacionais liberais;
Destacar os processos de unificação do mundo tendo como pilares o mercado mundial, dentro da lógica capitalista em vistas dos mercados europeus, práticas mercantis, imperialistas e expansão colonial;
Compreender a influência das instituições e movimentos político-sociais europeus sobre o espaço colonial americano, identificando traços responsáveis pelo desenho das sociedades que se formaram desde o século XIX até os tempos atuais.
Reconhecer e analisar as principais características e resultados do encontro entre os europeus e as diferentes civilizações da Ásia, África e América.
Identificar os grandes impérios globais, a hegemonia dos EUA no cenário internacional, os processos de guerra e paz, e as perspectivas no cenário político internacional contemporânea;
Demonstrar a importância de estudos sobre a história da África, identificando características essenciais do continente em sua organização econômica, social, religiosa e cultural;
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Compreender o contexto das revoluções burguesas, guerra fria, as guerras mundiais, as revoluções socialistas e os fascismos no processo da formação do mundo atual e os impactos na política brasileira.
Destacar o contexto dos movimentos sociais, as revoluções e os processos de independências no conjunto dos países latino americanos;
Destacar o fenômeno da política populista, as experiências das Ditaduras, os movimentos de resistência e de Direitos humanos no Brasil e no conjunto dos países da América Latina;
Identificar as formas de trabalho e os modos de vida dos campesinos e as práticas da agricultura de subsistência, rearticulado no novo contexto dos processos migratórios, mecanização agrícola e aumento da pobreza;
Conceber o processo histórico como ação coletiva de diferentes sujeitos reconhecendo os movimentos sociais rurais e urbanos como formas de resistência política, econômica e cultural ao modo de produção capitalista em suas várias fases;
Reconhecer as formas atuais das sociedades como resultado das lutas pelo poder entre as nações, compreendendo que a formação das instituições sociais é resultado de interações e conflitos de caráter econômico, político e cultural;
Identificar os mercados globais, fluxos financeiros, hegemonia cultural, desigualdades econômicas e sociais;
Reconhecer e valorizar a importância da participação política de pessoas e movimentos populares urbanos e rurais na História brasileira;
Identificar e compreender os fluxos migratórios no território brasileiro, os processos de ocupação, uso e apropriação do espaço urbano e rural;
Identificar os modos de produção para abastecimento externo e interno, dinâmica do mercado interno e as formas de trabalho no interior do espaço colonial brasileiro;
Reconhecer e valorizar a contribuição dos africanos nas sociedades coloniais, destacando as culturas, práticas religiosas, trajetórias de vida, relações de dependência e subordinação, lutas e resistências antes e depois da escravidão na sociedade brasileira;Conhecer os conteúdos e princípios das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, para o estudo das diferentes histórias na perspectiva multicultural das populações indígenas, africanas e seus descendentes no Brasil.
3. BIBLIOGRAFIA
A) Livros e Artigos
1. AZEVEDO, Cecília e RAMINELLI, Ronaldo. História das Américas: novas perspectivas. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2011.
2. BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2005.
3. BURKE, Peter. Variedades de História Cultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
4. CARDOSO, Ciro Flamarion e VAINFAS, Ronaldo. Novos domínios da História. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2012.
5. CERRI, Luis Fernando. Ensino da História e consciência histórica. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2011.
6. FONSECA, Selva G. Didática e Prática de Ensino de História. Campinas: Editora Papirus, 2005.
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7. FREITAS, Marcos Cezar de. Historiografia brasileira em perspectiva. São Paulo: Editora Contexto, 2001.
8. FUNARI, Pedro Paulo e PIÑON, Ana. A temática indígena na escola. São Paulo: Editora Contexto, 2011.
9. FUNARI, Pedro Paulo; FILHO, Glaydson José da e MARTINS, Adilton Luís. História Antiga: contribuições brasileiras. São Paulo: AnnaBlume, 2009.
10. HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de Aula: visita à História contemporânea. São Paulo: Editora Selo Negro, 2010.
11. HOURANI, Albert. Uma história dos povos Árabes. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2005.
12. JUNIOR, Hilário Franco. A idade Média: nascimento do Ocidente. São Paulo: Editora Brasiliense, 1988.
13. MONTEIRO, Ana Maria; GASPARELLO Arlete Medeiros e MAGALHÃES (Orgs.). Ensino de História: sujeitos, saberes e práticas. Rio de Janeiro: Editora Mauad X, 2009
14. PINSKY, Carla Bassanezi e LUCA, Tania Regina de (Orgs.). O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2009.
15. REIS, José Carlos. As identidades do Brasil: de Varnhagem a FHC. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2002.
16. RUSEN, Jorn. O livro didático ideal. In: SCHMIDT, Maria Auxiliadora; BARCA, Isabel e MARTINS, Estevão de Rezende. Jorn Rusen. O ensino da História. Curitiba: Editora UFPR, 2011.
17. SAID, Edward W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 1996.
18. SILVIA, Janice Theodoro da. Descobrimentos e colonização. São Paulo: Editora Ática,1998.
19. SOIHET, Rachel; BICALHO, Maria Fernanda Baptista e GOUVÊA, Maria de Fátima Silva (Orgs.). Culturas políticas. Rio de Janeiro: EDITORA Mauad/FAPERJ, 2005.
B) Publicações Institucionais
1. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: história. Brasília: MEC/SEF, 1998.
Disponível em: \ Acesso em: 02 ago. 2013.
2. BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. História e geografia, ciências humanas e suas tecnologias: livro do professor – ensino fundamental e médio. Brasília: MEC/INEP, 2002. Disponível em: \.
Acesso em: 18 jul. 2013.
3. BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: ciências humanas e suas tecnologias; história. Brasília, MEC/SEB, 2006. Disponível em: \
pdf\>. Acesso em: 18 jul. 2013.
4. BRASIL. Secretaria de Educação Continuada. Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais: educação ético-racial. Brasília. MEC/SECAD, 2006. Disponível em:
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\. Acesso em: 18 jul. 2013.
5. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: história. In: ___________________. Currículo do Estado de São Paulo: ciências humanas e suas tecnologias. São Paulo: SE, 2012. p. 25-27, 28-73. Disponível em: \. Acesso em 18 jul. 2013.
XII. PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA II – SOCIOLOGIA
1. PERFIL
O professor de sociologia deve reconhecer que a disciplina não envolve apenas o domínio da discussão sociológica contemporânea ou clássica, mas também, o cuidado e o respeito pelos conhecimentos e vivência dos alunos. Mais do que ser capaz de estabelecer com os jovens os debates mais atuais e sofisticados em Sociologia, o professor deve exercitar junto aos jovens a sensibilidade sociológica para a sua realidade mais próxima e para questões mais amplas da atualidade, por meio da discussão de temas consagrados das ciências sociais, oferecendo oportunidade de reflexão-ação para transformação de suas vivências.
2. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
COMPETÊNCIAS
a) Contribuir para o estabelecimento da distinção entre o conhecimento de senso comum e o conhecimento científico, e explicitar a especificidade da tarefa do sociólogo enquanto cientista social.
HABILIDADES
a.1) Reconhecer a especificidade do conhecimento sociológico, enquanto forma de conhecimento científico que permite compreender e explicar a sociedade, segundo critérios metodológicos objetivos, esclarecendo a diferença entre senso comum e ciência, e considerando a distinção entre as principais correntes sociológicas e a compreensão do processo de nascimento e desenvolvimento da Sociologia.
COMPETÊNCIAS
b) Entender que o conhecimento sociológico é produzido a partir de uma postura diante dos fatos sociais, marcada pelo estranhamento e desnaturalização, compreendendo que os processos sociais influenciam e são influenciados pelo contexto econômico, político, histórico e cultural.
HABILIDADES
b.1) Fazer uso do significado antropológico do estranhamento como postura metodológica que orienta a prática científica, e com o objetivo de entender e explicar as razões de determinados fenômenos sociais, manter um certo distanciamento em relação à realidade social para compreendê-la, questionando-a e construindo atitudes diante dos fatos.
b.2) Compreender a desnaturalização como a atitude de não tomar como naturais os acontecimentos, as explicações existentes a respeito da vida em sociedade, recusando os argumentos que “naturalizam” as ações e relações sociais.
COMPETÊNCIAS
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c) Compreender que o ensino da Sociologia deve ter como objetivo desenvolver no aluno um olhar sociológico ou uma sensibilidade sociológica que lhe permita entender o seu lugar na sociedade e situar-se nela.
HABILIDADES
c.1) Identificar o processo social básico na vida do ser humano – o processo de socialização – determinando suas características, a maneira pela qual os indivíduos interagem uns em relação aos outros e convivem em diferentes grupos e espaços de sociabilidade, de maneira a expressar as formas de interiorização das normas, regras, valores, crenças, saberes e modos de pensar que fazem parte da herança cultural de um grupo social humano.
c.2) Compreender como se dá a construção social da identidade, explicitando seu caráter processual e relacional, considerando que é na relação com o outro, marcada pela diferença, que o indivíduo expressa o seu pertencimento a determinado grupo social. Saber que essa construção identitária se dá por
meio diversos elementos simbólicos que ajudam o indivíduo a construir identidades para si e para o outro.
COMPETÊNCIAS
d) Dominar os conhecimentos procedentes das Ciências Sociais necessários para levar aos alunos a compreender as dinâmicas relação e interação sociais e construir explicações a respeito da sociedade e de suas transformações.
HABILIDADES
d.1) Apreender a ideia de cultura de um ponto de vista antropológico e identificar suas características.
d.2) Reconhecer que a unidade entre todos os seres humanos é o fato de que o homem é um ser cultural, entendendo o papel da cultura na vida dos homens, considerando que a humanidade só existe na diferença.
d.3) Identificar o que une e o que diferencia os seres humanos, qual é a relação do homem com seus instintos e o que o separa dos outros animais, esclarecendo o que é etnocentrismo, relativismo cultural, determinismo biológico e determinismo geográfico e seus limites e possibilidades para a compreensão das diferenças entre os homens.
COMPETÊNCIAS
e) Compreender que o ensino das Ciências Sociais deve perceber a sociedade brasileira no contexto internacional, bem como a diversidade e as diferenças que a constituem.
HABILIDADES
e.1) Reconhecer a existência da desigualdade social, apontando as diferenças que contribuem para situar indivíduos e grupos em posições hierárquicas na estrutura social, considerando então que fatores como: idade, sexo, ocupação, renda e cor da pele contribuem para potencializar as desigualdades.
e.2) Compreender criticamente as noções de raça e etnia, sabendo as diferenças e os pressupostos científicos e as implicações ideológicas que o uso de uma ou outra noção adquire nas práticas sociais.
e.3) Conhecer as diferentes abordagens sociológicas acerca dos conceitos de classe social e estratificação social, compreendendo os limites e adequações do uso e aplicação de cada abordagem.
COMPETÊNCIAS
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f) Ser capaz de, ao desenvolver as atividades pedagógicas, observar o aluno, o contexto social e o currículo oficial de forma a promover vivências e experiências no desenvolvimento e apreensão do saber das ciências sociais.
HABILIDADES
f.1) Utilizar a sociologia como técnica social capaz desvelar as nuances da realidade social, indicando as diferenças que o senso comum vivenciado pelo aluno esconde ou negligencia.
f.2) Perceber os alunos como sujeitos, entendendo que estes podem contribuir para o diálogo em sala de aula, principalmente ao tratar os problemas sociais da atualidade
COMPETÊNCIAS
g) Promover e valorizar a capacidade de elaboração de um conhecimento crítico a respeito das questões sociais, incentivando a autonomia intelectual.
HABILIDADES
g.1) Explicar as transformações no processo e na organização do trabalho e suas implicações no emprego e desemprego na atualidade, identificando o perfil das categorias sociais mais atingidas pelo desemprego no Brasil, assim como a situação do jovem no mercado de trabalho brasileiro.
g.2) Identificar criticamente a problemática da violência no contexto brasileiro, reconhecendo as diferentes formas de violência: simbólica, física e psicológica.
g.3) Identificar e compreender criticamente como a violência doméstica, sexual e escolar são exercidas.
g.4) Estabelecer uma reflexão crítica quanto ao papel de professores, gestores e alunos na produção e reprodução da violência.
COMPETÊNCIAS
h) Reconhecer a importância da formalização dos direitos de cidadania, do conhecimento sobre o papel do cidadão e da participação política, desenvolvendo formas de reflexão e debate que capacitem o aluno a exercer de forma consciente seus direitos e deveres.
HABILIDADES
h.1) Analisar criticamente as condições de exercício da cidadania no Brasil ao longo da sua história.
h.2) o que são direitos civis, políticos, sociais e humanos, compreendendo, dessa forma, a relação entre a formação do Estado democrático brasileiro e a conquista destes direitos no país.
h.3) Conhecer e estudar as principais Leis que permitem o exercício da cidadania identificando a importância da ampliação dos direitos a grupos sociais específicos, como mulheres, indígenas e negros.
h.4) Compreender os conceitos, os elementos constitutivos e as características do Estado, identificando as diferentes formas e sistemas de governo no Estado moderno.
h.5) Analisar a organização política do Estado brasileiro, com a divisão dos Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) e identificando sua natureza e funções.
h.6) Demonstrar noções claras sobre o funcionamento das eleições no Brasil, a formação dos partidos, a importância do voto e o papel do eleitor no sistema democrático.
COMPETÊNCIAS
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i) Dominar as teorias clássicas e contemporâneas das ciências sociais, das metodologias científicas de investigação e das formas de ensiná-las, adequando-as à capacidade cognitiva e à vivência dos alunos.
HABILIDADES
i.1) Compreender, a partir das reflexões de Émile Durkheim, o conceito de coesão social, solidariedade e divisão social do trabalho.
i.2) Identificar, a partir das reflexões presentes na obra de Karl Marx, o conceito de divisão do trabalho.
i.3)Discutir os conceitos acumulação primitiva, fetichismo da mercadoria e a alienação no processo de produção capitalista.
i.4) Entender, a partir das reflexões de Max Weber, a relação entre a ética protestante e a construção do capitalismo.
COMPETÊNCIAS
k) Ter o domínio do conhecimento teórico e metodológico necessário para a elaboração de um projeto de pesquisa, a definição do problema de investigação e o levantamento e análise de dados.
HABILIDADES
k.1) Ser capaz de utilizar da pedagogia de projetos para o trabalho comum com as demais disciplinas;
k.2) Fazer uso da pesquisa de opinião na escola como ferramenta didática de apoio ao aprendizado da sociologia,protagonista
no seu processo educacional.
3. BIBLIOGRAFIA
A) Livros e Artigos
1. BARBOSA, Maria Lígia de Oliveira; OLIVEIRA, Márcia Gardênia Monteiro; QUINTANEIRO, Tânia. Um toque de Clássicos: Marx, Durkheim e Weber. 2. ed., Belo Horizonte, Editora UFMG, 2009.
2. BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade, Petrópolis: Vozes, 2006.
3. BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista: a degradação do trabalho no século XX. Rio de Janeiro: LTC, 1987. Cap. 1, 2 e 3.
4. BRYM, Robert, J. et al. Sociologia: uma bússola para um novo mundo. São Paulo: Cengage Learning, 2006.
5. CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. 13. ed., Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
6. CICCO, Claudio de; GONZAGA, Álvaro de Azevedo. Teoria Geral do Estado e Ciência Política. 3. ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
7. DAMATTA, Roberto. A Antropologia no quadro das ciências. In: ______. Relativizando: uma introdução à antropologia social. 5. ed., Rio de Janeiro: Rocco, 1987. p. 17-57.
8. DUBAR, Claude. A socialização: construção das identidades sociais e profissionais. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
9. DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo: EDIPRO, 2012.
10. GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2008.
11. GOFFMANN, Erving. A representação do Eu na vida cotidiana. Petrópolis: Vozes, 2009.
12. GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo. Racismo e antiracismo no Brasil. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2009.
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13. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 23. ed., Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.
14. MILLS, Charles Wright. Sobre o artesanato intelectual e outros ensaios. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.
15. MORAES, Amaury Cesar (Coord.). Sociologia: ensino médio. Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica.
Brasília: 2010. Coleção Explorando o Ensino, v 15. Disponível em: \ Acesso em: 29 jul.2013.
16. MORAES, Amaury Cesar. Ensino de Sociologia: periodização e campanha pela obrigatoriedade, pp. 359-382. Dossiê sobre Ensino de Sociologia dos Cadernos CEDES. Campinas, vol. 31, n.85, set.-dez, 2011. Disponível em: \ Acesso em 25 jul.2013.
17. WEBER, Max. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
B) Publicações Institucionais.
1. BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: conhecimentos de sociologia.
Brasília: MEC/SEB, 2006. p. 101-136. Disponível: \.
Acesso em: 18 jul. 2013.
2. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo
do Estado de São Paulo: sociologia. In: ___________________. Currículo do Estado de São Paulo: ciências humanas e suas tecnologias. São Paulo: SE, 2012, p. 25-27, 132-150. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.
XIII. PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA II – FILOSOFIA
1. PERFIL
Do professor de filosofia exige-se que domine os principais temas dos diferentes períodos da história da Filosofia e que, a partir desse conhecimento, seja capaz de introduzir os jovens na reflexão filosófica, empregando metodologias de ensino e estratégias didáticas apropriadas para tornar esse saber acessível ao
estudante do ensino médio. Com base no legado da tradição,
expresso no contato com autores, ao professor de Filosofia compete promover o desenvolvimento de um pensamento crítico e coerente, quer dizer, logicamente organizado e argumentativamente fundamentado. Em sua atuação docente espera-se que associe, sempre que possível, o domínio do conhecimento específico da área com os temas e questões que desafiam o homem na atualidade.
2. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
COMPETÊNCIAS
a) Desenvolver a capacidade de questionamento e crítica em relação às certezas do senso comum, distinguindo-o do conhecimento científico e da reflexão filosófica.
HABILIDADES
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a.1) Estabelecer a distinção entre o “filosofar” espontâneo, próprio do senso comum, e o filosofar propriamente dito, típico dos filósofos especialistas.
a.2) Diferenciar senso comum e conhecimento científico, identificando a importância de cada forma de conhecimento em suas respectivas áreas de atuação.
a.3) Descobrir novas significações sobre o mundo e as experiências humanas, indo além das ideias e valores estabelecidos.
COMPETÊNCIAS
b) Formular raciocínios com coerência, desenvolvendo a capacidade de organização ou estruturação lógica do pensamento.
HABILIDADES
b.1) Adquirir noções básicas sobre Lógica e aplicá-las na formulação de raciocínios coerente, relacionando premissas e conclusões.
b.2) Exercitar a organização lógica do pensamento por meio da leitura de textos filosóficos, procurando apreender sua lógica interna ou estrutura de raciocínio.
b.3) Redigir textos que demonstrem capacidade de organização lógica das ideias.
COMPETÊNCIAS
c) Aprimorar a capacidade de argumentação por meio da defesa fundamentada de pontos de vista, ou seja, com base na apresentação de razões ou justificativas.
HABILIDADES
c.1) Compreender a relação da arte com o contexto cultural em que é produzida.
c.2) Discutir criticamente os diferentes sentidos da arte na cultura Ocidental.
COMPETÊNCIAS
d) Compreender o papel dos sentidos e da razão na construção do conhecimento, com base em fundamentação filosófica, assim como o debate em torno desse tema na tradição ocidental.
HABILIDADES
d.1) Identificar e analisar no contexto do período clássico da filosofia grega e a importância das noções de sensível e inteligível na construção do conhecimento.
d.2) Identificar dentro do pensamento moderno os principais representantes do racionalismo e do empirismo.
d.3) Reconhecer os pontos comuns e diferenciar as posturas baseadas no empirismo e no racionalismo.
COMPETÊNCIAS
e) Desenvolver com os alunos formas de consciência crítica sobre temas políticos, tais como as relações de poder e a questão da desigualdade entre os homens.
HABILIDADES
e.1) Analisar criticamente as relações de poder entre governantes e governados, tendo como base a tradição filosófica.
e.2) Identificar no contexto das filosofias iluministas as críticas à desigualdade social.
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e.3) Debater a questão do poder político e da desigualdade social no mundo atual, a partir das referências filosóficas.
COMPETÊNCIAS
f) Conhecer algumas noções básicas sobre o liberalismo clássico, de modo a adquirir referenciais teóricos para refletir sobre o sentido do neoliberalismo hoje.
HABILIDADES
f.1) Compreender a fundamentação da propriedade privada sob a ótica do liberalismo clássico.
f.2) Analisar criticamente as justificativas liberais sobre a origem natural da propriedade privada.
f.3) Comparar o discurso do liberalismo clássico com as posturas neoliberais na atualidade.
COMPETÊNCIAS
g) Reconhecer a relevância das concepções éticas produzidas no período clássico da filosofia grega para a compreensão dos valores morais vigentes na nossa sociedade.
HABILIDADES
g.1) Compreender a partir da reflexão ética empreendida no período clássico da filosofia grega, as noções de virtude e excelência moral.
g.2) Compreender a oposição entre virtude e vício estabelecida pelo autor, bem como a noção de virtude como meio termo.
g.3) Comparar e estabelecer relações entre as virtudes e aquilo que hoje denominamos valores morais.
COMPETÊNCIAS
h) Compreender a importância do movimento Iluminista, ou “filosofia das luzes”, para a formulação do ideal da autonomia intelectual do homem e da noção burguesa de progresso.
HABILIDADES
h.1) Analisar, a partir da história da filosofia, o projeto iluminista da autonomia da razão humana e os obstáculos ao esclarecimento dos homens.
h.2) Compreender a autonomia intelectual como tarefa da educação.
h.3) Construir uma visão crítica da ideia burguesa de um progresso guiado pela razão.
COMPETÊNCIAS
i) Empregar a reflexão filosófica na análise de temas e problemas presentes no debate político da sociedade contemporânea.
HABILIDADES
i.1) Identificar e reconhecer os principais fundamentos e conceitos que permeiam a concepção de estado e de ideologia que vingaram a partir do século XIX.
i.2) Aplicar o conhecimento filosófico na análise da noção de “aparelhos ideológicos do Estado” (AIE).
i.3) Formular uma análise crítica sobre a questão da dominação ideológica.
COMPETÊNCIAS
j) Fundamentar filosoficamente a reflexão sobre os dilemas éticos da sociedade contemporânea.
HABILIDADES
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j.1) Compreender o conceito de liberdade e sua fundamentação em teorias filosóficas.
j. 2) Aplicar o conhecimento filosófico na análise da relação entre liberdade humana e responsabilidade moral.
j.3) Problematizar e analisar criticamente a noção de liberdade como escolha incondicional.
3. BIBLIOGRAFIA
A) Livros e Artigos
1. ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 6. ed., São Paulo: Martins Fontes, 2012.
2. ALTHUSSER, Louis. Aparelhos ideológicos de Estado; nota sobre os aparelhos ideológicos de Estado (AIE). 2. ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1985.
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4. CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14. ed., São Paulo: Ática, 2010.
5. COLI, Jorge. O que é arte. Nós e a arte/A freqüentação.
15. ed., São Paulo: Brasiliense, 1995. Coleção Primeiros Passos.
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9. KANT, Immanuel. Resposta à pergunta: Que é ‘Esclarecimento’? (Aufklärung). In: Textos Seletos. 3. ed., Petrópolis: Vozes, 2005.
10. LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo: Cap. V. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
11. LUNGARZO, Carlos O que é ciência. Conhecimento científico/As ciências. 4. ed., São Paulo: Brasiliense, 1992. Coleção Primeiros Passos.
12. MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe: Cap. XV a XVIII. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
13. MORTARI, Cesar A. Introdução à lógica. São Paulo: UNESP, 2001.
14. PLATÃO. A República. Livro VII. 7. ed., Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993.
15. RODRIGO, Lidia Maria. Filosofia em sala de aula: teoria e prática para o ensino médio. (Introdução e Cap. I, II, e III). Campinas, SP: Autores Associados, 2009.
16. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens: 2ª Parte. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
17. SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
B) Publicações Institucionais
1. BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: ciências humanas e suas tecnologias; filosofia. Brasília, MEC/SEB, 2006. Disponível em: \
//portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_03_internet.pdf\>. Acesso em: 18 jul. 2013.
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2. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: filosofia. In: ___________________.
Currículo do Estado de São Paulo: ciências humanas e suas tecnologias. São Paulo: SE, 2012. p. 27-29, 114-131. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.
XIV. PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA II – EDUCAÇÃO ESPECIAL
1. PERFIL
O professor que atua na modalidade de Educação Especial pauta-se no paradigma da Educação Inclusiva, fundamentada na concepção de direitos humanos e que almeja uma escola de qualidade para todos, cujo pressuposto é de que todos os alunos têm o direito de conviver, aprender e estar juntos, tendo respeitadas suas diferenças e peculiaridades. Isso requer atenção à acessibilidade, tanto física como de comunicação, a partir do conhecimento dos recursos necessários e disponíveis, o que inclui, também, conhecimento de adaptações curriculares ou de acesso ao currículo para atender as necessidades dos alunos e seus diferentes modos de aprender. Guarda-se uma relação dialógica entre o professor da sala comum e o professor especializado, devendo ser próprio deste último a competência para
trabalhar com o aluno as questões relativas às necessidades educacionais especiais geradas pelas deficiências sensoriais, física, intelectual; ou pelos transtornos globais do desenvolvimento; ou pelas altas habilidades/superdotação. Devem ser consideradas, também, as características dos educandos e valorizadas suas potencialidades. Faz-se necessário considerar a relevância da amplitude do olhar do professor especializado em relação a seus colegas da sala comum, à equipe escolar e à comunidade, principalmente, à família do aluno. Isto requer tanto a percepção das contínuas mudanças sociais que se ocorrem ao longo do tempo, tendo como referência a questão da diversidade, quanto à formação específica, com abrangência de métodos e técnicas que atendam adequadamente e de forma contextualizada o aluno com necessidades educacionais especiais. Neste contexto, é importante o conhecimento da evolução das políticas públicas, refletidas nas diretrizes e legislação atual, principalmente no que se refere ao Brasil e ao estado de São Paulo.
2. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
a) Participar da elaboração da Proposta Pedagógica da escola.
b) Conhecer os aspectos históricos da relação da sociedade com a pessoa com necessidades educacionais especiais, advindas da deficiência, dos transtornos globais do desenvolvimento ou das altas habilidades ou superdotação.
c) Conhecer as várias tendências de abordagem teórica da educação em relação às pessoas que têm necessidades educacionais especiais.
d) Conhecer as especificidades dos perfis de desenvolvimento e aprendizagem de alunos com deficiência, transtornos global de desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação, para nortear o processo de avaliação pedagógica inicial e processual, o planejamento das intervenções e a orientação das adaptações curriculares ou de acesso ao currículo.
e) Compreender o aluno com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades ou superdotação como um ser com
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capacidades, potencialidades, desejos, com necessidades e experiências que devem ser consideradas como referência para as intervenções estimuladoras e desafiadoras de seus processos de desenvolvimento e aprendizagem.
f) Ter conhecimentos básicos dos aspectos fisiológicos e clínicos das deficiências, dos transtornos globais do desenvolvimento e das altas habilidades ou superdotação.
g) Conhecer e avaliar os repertórios sociais, verbais e pré-acadêmicos do aluno, principalmente por meio do domínio de técnicas de observação e registro de seus comportamentos em diversas e diferentes situações escolares para definir as adaptações curriculares e propor as intervenções específicas.
h) Contribuir para a construção de um ambiente acessível e seguro, eliminando barreiras atitudinais, físicas e de comunicação.
i) Conhecer formas para favorecer o uso integrado dos sentidos na percepção e apreensão do meio e na formação de conceitos.
j) Reconhecer as necessidades educacionais de cada aluno por meio de avaliação pedagógica.
k) Conhecer as diversas contribuições culturais, que podem facilitar a compreensão dos alunos quanto à sua inserção no mundo social e do trabalho.
l) Conhecer e compreender os processos de aprendizagem, para desencadear atividades cognitivas, que propiciem o desenvolvimento adequado e compatível com as potencialidades e a faixa etária do aluno.
m) Dominar os conceitos básicos e habilidades básicas, de autogestão e específicas, para desenvolvê-las nos alunos, com vistas à uma futura inserção do educando no mercado de trabalho.
n) Ser capaz de elaborar plano de atendimento nos suportes (Atendimento Pedagógico Especializado), que inclui: intervenção pedagógica e encaminhamentos educacionais necessários; planejamento das adaptações de acesso ao currículo, a partir das necessidades e peculiaridades dos alunos; produzir e/ou selecionar material didático (específico, adaptado ou de uso comum).
o) Desenvolver ações para favorecer a autonomia e independência do educando.
p) Desenvolver atividades escolares complementares, submetendo-as a flexibilizações, promovendo adaptações de acesso ao currículo, com recursos específicos necessários aos alunos com necessidades educacionais especiais matriculados em classes comuns.
q) Conhecer e compreender o contexto de ensino e aprendizagem de alunos com necessidades educacionais especiais, para planejar e realizar intervenções orientadas pelos parâmetros da educação inclusiva e das adaptações curriculares ou de acesso ao currículo.
r) Conhecer e compreender as necessidades de adaptação curricular ou de um currículo funcional para a vida prática autônoma.
s) Desenvolver habilidades acadêmicas e funcionais, para elaborar plano de intervenção e orientar o professor da classe comum.
t) Conhecer os recursos, as formas de monitoramento e registro de atividades desenvolvidas e do desempenho do aluno, a organização e estruturação do
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espaço físico da sala e escola, para o planejamento e replanejamento do ensino.
u) Desenvolver habilidades e competências específicas para intervenções interdisciplinares.
v) Conhecer os indicadores que definam a evolução do aluno em relação ao domínio dos conteúdos curriculares e elaborar os registros adequados.
x) Adquirir conhecimentos e desenvolver experiências na área para promover ações de sensibilização, por meio de palestras e oficinas junto à comunidade escolar.
w) Compreender a necessidade de promover parcerias com seus pares, com toda a equipe escolar, com a família e com a comunidade, para favorecer a compreensão das características das deficiências, dos transtornos globais do desenvolvimento e das altas habilidades ou superdotação.
y) Promover reunião de orientação, apoio e planejamento para professores.
z) Compreender a relevância do seu apoio aos profissionais da escola e colegas de classe do aluno, por meio de reunião de orientação e planejamento, oferecendo-lhes pistas para compreender e apoiar as aprendizagens dos alunos.
HABILIDADES POR ÁREA DE ATUAÇÃO
2.1 DEFICIÊNCIA FÍSICA (DF)
a) Conhecer as várias manifestações das deficiências e as suas implicações no desempenho funcional e intelectual do aluno.
b) Decidir sobre as estratégias pedagógicas e os recursos a serem utilizados de forma a potencializar o aprendizado e a participação ativa do aluno. Se necessário, investigar quais recursos o aluno já utiliza em outros ambientes e adotá-los ou não.
c) Conhecer e aplicar os diferentes recursos de Tecnologia Assistiva, principalmente no que se refere à comunicação suplementar e alternativa e acessibilidade ao computador.
d) Selecionar e sugerir materiais pedagógicos adaptados: engrossadores de lápis, plano inclinado, tesouras adaptadas, dentre outros.
e) Identificar formas adequadas de orientação quanto ao uso de estratégias e recursos adaptados para a sala de aula comum.
f) Elaborar planos de atuação tendo em vista as contribuições obtidas com os profissionais da equipe pedagógica e da equipe responsável pela habilitação/reabilitação do aluno
2.2 DEFICIÊNCIA AUDITIVA (DA)
a) Identificar os tipos de surdez, suas características, época de instalação e as devidas consequências.
b) Identificar aspectos culturais, linguísticos e sociais da comunidade surda.
c) Identificar os diferentes níveis linguísticos da LIBRAS e do Português
d) Dominar a metodologia do ensino da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS como primeira língua do surdo.
e) Dominar a metodologia de ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para surdos.
f) Identificar materiais didático-pedagógicos, recursos de acessibilidade elaborar o plano de atuação individualizado, para favorecer a autonomia dos alunos visando o atendimento dos diferentes tipos de surdez.
2.2.1 e 2.3.1 SURDOCEGUEIRA (pertinentes à DA e DV)
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a) Identificar aspectos característicos da surdocegueira;
b) Conhecer as características individuais da constituição do aluno e sua história;
c) Reconhecer as reações e respostas pedagógicas e formas de comunicação verbal e não verbal
d) Dominar técnicas e estratégias de comunicação verbal e não verbal, organização de rotina e locomoção no ambiente escolar;
e) Desenvolver plano individual, adequação curricular e avaliação adequada às características individuais.
2.3 DEFICIÊNCIA VISUAL(DV)
a) Dominar o Sistema Braille e suas aplicações nas várias áreas (as Grafias), o uso e o ensino do Soroban adaptado.
b) Ter conhecimentos de orientação e mobilidade e de atividades da vida autônoma
c) Conhecer, indicar ou trabalhar com recursos de tecnologia assistiva (incluindo os programas leitores e ampliadores de tela para a informática acessível) para uso no ambiente escolar e no cotidiano do educando.
d) Ter conhecimentos básicos sobre acessibilidade e audiodescrição.
e) Selecionar ou elaborar materiais e recursos específicos e/ou adaptados e outros que não necessitam de adaptação, de acordo com as necessidades do aluno com baixa visão/visão subnormal ou cegueira.
f) Ter conhecimentos para atuar com as várias especificidades da cegueira e visão subnormal (baixa visão), inclusive para a avaliação da visão funcional.
2.4 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (DI)
a) Identificar o aluno com Deficiência Intelectual, avaliar a sua necessidade educacional e prover o necessário para sua efetiva participação nas atividades escolares.
b) Ser capaz de elaborar Plano de Ensino Individual (PEI), a partir da avaliação pedagógica.
c) Identificar materiais didáticos facilitadores da aprendizagem como alternativas.
d) Identificar habilidades básicas de autogestão e específicas, como ferramentas imprescindíveis, inclusive para o mercado de trabalho.
e) Elaborar adaptações curriculares e orientar os demais membros da equipe pedagógica para a adaptação curricular
f) Compreender os pressupostos de teorias do desenvolvimento humano e o papel desempenhado por processos de aprendizagens escolares nos avanços cognitivos do aluno com deficiência intelectual.
g) Planejar e propor intervenções direcionadas para a promoção de avanços na aprendizagem do aluno, considerando suas capacidades e potencialidades.
h) Estimular o desenvolvimento das capacidades dos alunos em estabelecer interações simbólicas com o meio que o circunda, de forma a minimizar as barreiras de natureza cognitiva impostas pela deficiência.
i) Planejar intervenções que privilegiem avanços na compreensão geral do aluno, por meio de proposições de variadas atividades de natureza linguístico-cognitivas.
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j) Estimular e desafiar o aluno a enfrentar de forma ativa conflitos cognitivos relacionados à construção de conceitos, e sua generalização progressiva para diferentes contextos de aprendizagem.
2.5 TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO (TGD)
a) Ter conhecimentos gerais dos Transtornos Globais do Desenvolvimento, disponibilidade e envolvimento pessoal, resistência à frustração e criatividade.
b) Compreender que a educação dos alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento deve ser caracterizada por um estilo mais pragmático e natural, integrador e centrado na comunicação como núcleo essencial do desenvolvimento do aluno, respeitando os recursos e as capacidades dos mesmos.
c) Conhecer métodos, como o TEACCH, o Programas de Comunicação Total, metodologias específicas e outras formas de comunicação específicas, para o trabalho educacional prático com o aluno com Transtornos Globais do Desenvolvimento.
d) Orientar o professor do ensino comum na organização e estruturação do espaço da sala de aula, visando ao controle de ruídos excessivos, possível personalização do ambiente, estilos didáticos diretivos, tornando a jornada escolar o mais previsível possível.
e) Planejar intervenções individualizadas, recorrendo a recursos complementares de natureza psicopedagógica, levando-se em conta a capacidade intelectual, o nível comunicativo e linguístico, as alterações de conduta, o grau de flexibilidade cognitiva e comportamental e o nível de desenvolvimento social do aluno.
f) Propiciar situações de aprendizagem a partir de objetos concretos e passar gradativamente para modelos representacionais e simbólicos, de acordo com as possibilidades do aluno.
g) Ressaltar as habilidades de cada área do sistema cognitivo, investindo nas potencialidades para trabalhar as necessidades educacionais específicas do aluno com Transtornos Globais do Desenvolvimento.
h) Avaliar a necessidade de elaboração de adaptação curricular ou de um currículo funcional para vida prática autônoma, habilidades acadêmicas e funcionais.
2.6 ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO (AH)
a) Ter os conhecimentos da Educação Especial em geral, somados às especificidades das altas habilidades;
b) Apresentar flexibilidade e criatividade na exploração dos recursos didáticos variados, com a intenção de manter o desafio diante de alunos que aprendem rapidamente e tendem a procurar coisas novas e aprofundamento constantemente;
c) Posicionar-se mais como facilitador do que como condutor dos processos, permitindo que o aluno explore o conhecimento de acordo com seu ritmo e interesse;
d) Ser capaz de flexibilizar os temas e problemas abordados de acordo com as necessidades do aluno, podendo orientar e apoiar o professor do ensino comum;
e) Ser capaz de alternar propostas de trabalho individual e grupal;
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f) Traçar metas de comum acordo com o aluno e o professor do ensino comum, para obter resultados desejados, levando em consideração as potencialidades e as dificuldades;
g) Buscar a articulação com os recursos da comunidade disponíveis, criando redes de apoio que possam propiciar ao aluno maiores possibilidades de desenvolvimento de seus potenciais, tendo em vista sua autonomia e sua preparação para o mundo do trabalho.
3. BIBLIOGRAFIA – EDUCAÇÃO ESPECIAL
A) Livros e Artigos
1. BAUMEL, Roseli Cecília Rocha de Carvalho; RIBEIRO, Maria Luisa Sprovieri (Org). Educação Especial: do querer ao fazer. São Paulo: Avercamp, 2003.
2. BIANCHETTI, Lucidio; FREIRE, Ida Mara. Um Olhar sobre a Diferença. 9. ed. Campinas: Papirus, 2008.
3. MANTOAN, Maria Tereza Eglér; PRIETO, Rosângela; ARANTES, Valéria Amorim. Inclusão Escolar: pontos e contrapontos. 2 ed. São Paulo: SUMMUS, 2006.
4. MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Educação Especial no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1996.
5. RODRIGUES, David. Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2006.
B) Publicações Institucionais
1. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS . Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e Protocolo Facultativo.Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009
Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007.
2. SÃO PAULO. DELIBERÃÇÃO CEE N.º 68/2007.
Fixa normas para a educação de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, no sistema estadual de ensino.
3. SÃO PAULO. RESOLUÇÃO SE Nº 11, DE 31 DE JANEIRO DE 2008
Dispõe sobre a educação escolar de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas da rede estadual de ensino e dá providências correlatas (Com as alterações introduzidas pela Resolução SE nº 31/2008)
3.1 BIBLIOGRAFIA - DEFICIÊNCIA FÍSICA
A) Livros e Artigos
1. ASSIS, Walkiria de. Criando possibilidades para a educação da pessoa com deficiência física. São Paulo: Revista Educação. Disponível em: \. acesso em: 03 jul 2013
2. FONSECA,Vitor. Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem. PORTO ALEGRE: ARTMED, 2008.
3. GERALIS, Elaine. Crianças com paralisia cerebral: guia para pais e educadores. Porto Alegre: Armed, 2007.
B) Publicações Institucionais
1. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Atendimento educacional especializado: deficiência física. Brasília: MEC/
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SEESP, 2007. Disponível em: \
arquivos/pdf/aee_df.pdf\>. Acesso em: 18 jul. 2013.
2. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Portal de ajudas técnicas para educação: equipamento e material pedagógico para educação, capacitação e recreação da pessoa com deficiência física: recursos pedagógicos adaptados. Brasília: MEC/SEESP, 2002. Fascículo 1. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.
3. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Portal de ajudas técnicas para educação: equipamento e material pedagógico para educação, capacitação e recreação da pessoa com deficiência física; recursos para comunicação alternativa. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.
4. SÃO PAULO (Estado). Coordenadoria de Gestão e Educação Básica. Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado – CAPE. Entendendo a deficiência física. São Paulo: SE/CGEB/CAPE, 2012.Disponível em : \. Acesso em: 18 jul. 2013.
3.2 BIBLIOGRAFIA - DEFICIÊNCIA AUDITIVA
A) Livros e Artigos
1. CARVALHO, Altiere Araujo. Surdez e implicações Cognitivas sob o ponto de vista sócio-científico. São Paulo: Revista Educação.Disponível em: \. acesso em: 03 jul. 2013
2. GUARINELLO, Ana Cristina: O papel do outro na escrita de sujeitos surdos. São Paulo: Ed. Plexus, 2007.
3. GOES, Maria Cecília Rafael de. Linguagem, Surdez e Educação. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 1999.
4. REILY, Lucia. Escola Inclusiva: linguagem e mediação. 4 ed.Campinas: Papirus, 2011. Série Educação Especial.
5. SKLIAR, Carlos. A surdez: um olhar sobre as diferenças. 3 ed. Porto Alegre: Mediação, 2005.
B) Publicações Institucionais
1. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Atendimento educacional especializado: pessoa com surdez. Brasília: MEC/SEESP, 2007. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.
2. SÃO PAULO (Estado). Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Centro de Apoio Pedagógico Especializado. Leitura, escrita e surdez. São Paulo: SE/CENP/CAPE, 2005. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.
3.3 BIBLIOGRAFIA - DEFICIÊNCIA VISUAL
A) Livros e Artigos
1. AMARALIAN, Maria Lúcia Toledo Moraes (org.). Deficiência visual: perspectivas na contemporaneidade. São Paulo: Vetor , 2009.
2. FELIPPE, João Álvaro de Moraes. Caminhando juntos – manual das habilidades básicas de orientação e mobilidade. São Paulo: Laramara, 2001.
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3. SIAULYS, Mara O. de Campos; ORMELEZI, Eliana Maria; BRIANT, Maria Emília. (org.). A deficiência visual associada à deficiência múltipla e o atendimento educacional especializado. São Paulo: Laramara, 2010.
B) Publicações Institucionais
1. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. A construção do conceito de número e o pré-soroban. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.
2. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Atendimento educacional especializado: deficiência visual. Brasília: MEC/SEESP, 2007. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013. 3. BRASIL. Secretaria de Educação Especial Código Matemático Unificado para a Língua Portuguesa. Brasília:MEC/SEESP, 2006.
4. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Grafia Braille para a Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.
5. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Orientação e mobilidade: conhecimentos básicos para a inclusão da pessoa com deficiência visual. Brasília: MEC/SEESP, 2003. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.
6. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Soroban: manual de técnicas operatórias para pessoas com deficiência visual. Brasília: MEC/SEESP, 2012. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.
3. 4 BIBLIOGRAFIA - DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
A) Livros e Artigos
1. FIERRO, Alfredo. Os alunos com deficiência Mental. In: COLL, César; MARCHESI, Álvaro; PALACIOS, Jesús (Orgs.). Desenvolvimento Psicológico e Educação: transtornos do desenvolvimento e necessidades educativas especiais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004, v.3.
B) Publicações Institucionais
1. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Atendimento educacional especializado: deficiência mental. Brasília: MEC/SEESP, 2007. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.
2. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: adaptações curriculares. Brasília: MEC/SEF/SEESP, 1998. Disponível em:\< \. Acesso em: 18 jul. 2013.
3. SÃO PAULO (Estado). Coordenadoria de Gestão e Educação Básica. Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado – CAPE.
Deficiência intelectual: realidade e ação. São Paulo: SE/CGEB/CAPE, 2012. Disponível em: \ . Acesso em: 18 jul. 2013
3.5 BIBLIOGRAFIA - SUPERDOTAÇÃO/ALTAS HABILIDADES
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A) Publicações Institucionais
1. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação. Brasília: MEC/SEESP, 2007. Disponível em: \ Acesso
em: 03 jul. 2013.
2. SÃO PAULO. (Estado) Secretaria da Educação. Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado – CAPE. Um olhar para as altas habilidades: construindo caminhos. São Paulo: SE, 2. ed., 2012 Disponível em: \ Acesso em: 03 jul. 2013.
4.5 LEGISLAÇÃO (SUPERDOTAÇÃO/ALTAS HABILIDADES)
1.SÃO PAULO. RESOLUÇÃO SE Nº 81, DE 7 DE AGOSTO DE 2012
Dispõe sobre o processo de aceleração de estudos para alunos com altas habilidades/superdotação na rede estadual de ensino e dá providências correlatas.
3.6 BIBLIOGRAFIA - TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO
A) Livros e Artigos
1. BASSOLS, Ana Margareth Siqueira (Org). Saúde Mental na Escola – Uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre:
Mediação, 2003.
2. RIVIÈRE, Angel. O Desenvolvimento e a Educação da Criança Autista. In: COLL, César. PALACIOS, Jesús. MARCHESI, Alvaro (Orgs.). Desenvolvimento Psicológico e Educação - Necessidades Educativas Especiais e Aprendizagem Escolar. Porto Alegre: Artmed, 1995, v.3, p.274-291.
3.___________O autismo e os transtornos globais do desenvolvimento. In: COLL, César, MARCHESI, Álvaro; PALACIOS, Jesús. (Orgs.). Desenvolvimento Psicológico e Educação: transtornos de desenvolvimento e necessidades educativas especiais.
2. ed. v.3. Porto Alegre: Artmed, 2004, p.234-254.
ANEXO E
I. PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INDÍGENA
1. PERFIL
O professor atuante na modalidade de Educação Escolar Indígena deve ter como princípio norteador do seu trabalho o fortalecimento e a valorização das diferentes identidades indígenas e sentimentos de pertencimento étnico de seus povos, das práticas culturais e das línguas faladas em suas comunidades. Deverá desenvolver competências referenciadas em conhecimentos, valores, habilidades e atitudes próprias de seu meio cultural, ancorando nos saberes e práticas indígenas, o acesso a outros conhecimentos e informações técnico-científicas específicas a cada nível de ensino. Deverá adotar e praticar a interculturalidade e o bilinguismo para a elaboração, o desenvolvimento e a avaliação de currículos e programas próprios;
produção de materiais didático-pedagógicos diferenciados e elaboração e implementação de calendários escolares de acordo com as práticas culturais de sua comunidade, utilizando metodologias adequadas de ensino e
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pesquisa, em consonância com o que estabelece a legislação e normatizações pertinentes à modalidade da educação diferenciada, e em diálogo constante
com membros de sua comunidade e com representantes do sistema de ensino.
2. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
COMPETÊNCIAS
a) Conhecer a legislação sobre povos indígenas e educação escolar indígena, bem como as orientações, diretrizes e normas para sua implementação, geradas em âmbito federal e no sistema de ensino público estadual de São Paulo.
HABILIDADES
a.1) Implementar as orientações e diretrizes para a educação escolar indígena em seu trabalho cotidiano.
a.2) Buscar adequar e redefinir o papel da escola à luz das novas orientações curriculares e das demandas contemporâneas de sua comunidade.
COMPETÊNCIAS
b) Compreender os mecanismos institucionais de organização do ensino e contribuir para a condução, a gestão e a administração da escola indígena em sua inter-relação com a comunidade e com os sistemas de ensino municipal, estadual e federal.
HABILIDADES
b.1) Favorecer a participação de pais, alunos e comunidades na gestão democrática e específica das escolas indígenas.
b.2) Saber dialogar e se relacionar de forma respeitosa com as lideranças de sua comunidade, pais, alunos e representantes dos sistemas de ensino.
COMPETÊNCIAS
c) Desenvolver processos educativos que promovam a recuperação das memórias históricas, a reafirmação das identidades étnicas e a valorização das línguas, práticas e saberes indígenas.
HABILIDADES
c.1) Organizar o trabalho escolar de modo a incorporar e valorizar os modos próprios de conhecer, investigar e sistematizar de cada povo indígena, valorizando a oralidade e a história indígena.
c.2) Contribuir para o projeto societário e para o bem viver de cada comunidade indígena, contemplando ações voltadas à manutenção e preservação de seus territórios e dos recursos neles existentes.
COMPETÊNCIAS
d) Desenvolver processos educativos que garantam acesso às informações, conhecimentos técnico-científicos da sociedade nacional e de outras sociedades, de acordo com cada ciclo e nível de ensino.
HABILIDADES
d.1) Identificar, interpretar, sistematizar e selecionar saberes
relevantes de outros povos e culturas de modo a ampliar o universo cultural dos estudantes, organizando o trabalho escolar de modo que os saberes e práticas indígenas ancorarem o acesso a esses outros conhecimentos.
COMPETÊNCIAS
e) Desenvolver processos e ações de investigação cultural que possibilitem a preparação de materiais didáticos em português, nas línguas indígenas, bilíngues e interculturais de acordo com cada ciclo e nível de ensino.
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HABILIDADES
e.1) Produzir materiais didáticos adequados para o desenvolvimento do trabalho pedagógico, transformando as experiências e vivências da sua comunidade em prática de ensino.
e.2) Conhecer, valorizar, interpretar e vivenciar práticas culturais e linguísticas de sua comunidade, consideradas significativas para a transmissão e para a reprodução social da comunidade.
COMPETÊNCIAS
f) Conhecer metodologias de ensino e alfabetização em contexto de diversidade linguística, fortalecendo a língua materna de cada comunidade indígena; contribuindo para o estudo, desenvolvimento e continuidade dessa língua, em suas modalidades escritas e orais.
HABILIDADES
f.1) Utilizar metodologia adequada com o objetivo de garantir a presença da língua indígena ao longo de todo o processo educacional, como disciplina em si e como instrumento de ensino em todas as outras disciplinas do currículo escolar.
f.2) Demonstrar interesse e desenvolver capacidades bilíngues nas modalidades orais e escritas no português e nas línguas indígenas (quando essas são faladas e conhecidas em sua comunidade).
COMPETÊNCIAS
g) Conhecer e adequar metodologias didáticas e pedagógicas às características dos diferentes sujeitos das aprendizagens, em atenção aos modos próprios de transmissão do saber indígena.
HABILIDADES
g.1) Interagir com a comunidade indígena e com a equipe escolar como um todo, favorecendo o aprendizado e a compreensão e inserção dos estudantes no ambiente escolar e comunitário.
g.2) Demonstrar interesse pela aprendizagem e por metodologias didático-pedagógicas, psicossociais e culturais implicados na função docente. COMPETÊNCIAS
h) Desenvolver estratégias interdisciplinares que garantam a contextualização e a articulação entre os diferentes campos do conhecimento, por meio do diálogo transversal entre disciplinas diversas e do estudo e pesquisa de temas da realidade dos estudantes e de suas comunidades.
HABILIDADES
h.1) Elaborar currículos, calendários, planos de aula que favoreçam o aprendizado e a construção de conhecimentos diversos em diferentes campos do saber escolar.
COMPETÊNCIAS
i) Desenvolver e aprimorar processos educacionais e culturais dos quais é um dos responsáveis, agindo como mediador e articulador entre seu povo, a escola e a sociedade envolvente.
HABILIDADES
i.1) Tornar-se progressivamente um pesquisador, estimulador e divulgador das produções culturais indígenas na escola, entre as novas gerações e na sociedade envolvente.
3. BIBLIOGRAFIA
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A) Livros e Artigos
1. D'ANGELIS, Wilmar da Rocha. Aprisionando sonhos: a educação escolar indígena no Brasil. Campinas, SP: Curt Nimuendajú, 2012.
2. GRUPIONI, Luís Donisete Benzi (org.). Formação de Professores Indígenas: repensando trajetórias. Brasília: MEC e Unesco, 2006.
3. LOPES DA SILVA, Aracy e LEAL FERREIRA, Mariana Kawall (org.). Antropologia, História e Educação – a questão indígena e a escola. São Paulo: Global, Mari/USP e Fapesp, 2001.B)Publicações Institucionais:
1. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Referenciais para formação de professores indígenas. Brasília: MEC/SEF, 2002. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.
2. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em:\. Acesso em: 18 jul. 2013.
3. SÃO PAULO. (Estado). Secretaria da Educação. Formação Magistério Indígena: um caminho do meio; da proposta à interação. São Paulo, SP: SE/FEUSP/FAFE, 2003.
4. LEGISLAÇÃO
1. BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL – 1988(Artigos 20, 22, 49, 109, 129, 176, 210, 215 e 231).
2. BRASIL LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Artigos 26, 32, 78 e 79).
3. BRASIL DECRETO Nº 5.051, DE 19 DE ABRIL DE 2004.
Promulga a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho – OIT, sobre Povos Indígenas e Tribais.(Artigos 26 a 31).
4. BRASIL DECRETO Nº 6.861, DE 27 DE MAIO DE 2009.
Dispõe sobre a Educação Escolar Indígena, define sua organização em territórios etnoeducacionais, e dá outras providências.
5. RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 3, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999.
Fixa Diretrizes Nacionais para o funcionamento das Escolas Indígenas e dá outras providências
(Parecer CNE/CEB nº 14/99 anexo)
6. RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 5, DE 22 DE JUNHO DE 2012.
Define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica